AL reduz crescimento econômico; avaliação permanece favorável
Uma deterioração das avaliações da situação atual da economia e das expectativas futuras fez o Índice de Clima Econômico (ICE) da América Latina recuar de 5,6 para 4,4 pontos entre julho e outubro deste ano, segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV) em parceria com o Instituto Ifo. Segundo o estudo, o indicador ficou abaixo da média histórica, o que sinaliza a entrada da região na fase redução do ciclo econômico, após permanecer na fase de "boom" entre julho de 2010 e julho de 2011.
Publicado 16/11/2011 11:02
Entre os países pesquisados, apenas o Paraguai foi avaliado no limite entre "boom" e declínio. Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Uruguai foram avaliados como em declínio, enquanto Bolívia, México e Venezuela tiveram índice de clima que aponta recessão. Em julho, cinco países estavam na fase de "boom".
"No caso brasileiro, o principal problema apontado é também a competitividade, mas a inflação aparece em segundo lugar, seguida de falta de mão de obra qualificada, déficit público e escassez de capital", afirmou a FGV. No ranking de países, a principal mudança foi a ascensão do Peru de quinto para primeiro lugar, com projeções de crescimento de até 6,5% neste ano. O Brasil perdeu uma posição, passando da sétima para a oitava.
O resultado da América Latina seguiu o movimento mundial. O ICE apurado pelo Ifo para 119 países caiu de 5,4 para 4,3 pontos entre julho e outubro. A sondagem antecipa tendências econômicas, com base em informações prestadas trimestralmente por especialistas nas economias de seus respectivos países.
Fonte: Terra