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Jô Moraes: Não vamos pagar a conta da crise

“A crise é no coração dos poderosos, do capitalismo e a questão fundamental a ser respondida é: quem vai pagar o calote? Devemos ser solidários a eles, mas deixar bem claro que a população brasileira não aceita pagar essa conta”. A declaração foi feita pela deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) ao discursar sobre a crise econômica mundial, na reunião da diretoria da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), no último final de semana, em Minas Gerais.

O evento, que reuniu dirigentes de sindicatos associados à CTB, tratou da conjuntura mundial, nacional e local, dos novos desafios da organização sindical e também do balanço organizativo da Central.

Ela afirmou que é preciso garantir a pauta de investimentos e produção para que o País não sofra de forma drástica. “Seremos impactados, pois a dívida mundial soma US$30 trilhões, daí a importância de uma mobilização para que a produção, os investimentos e com isso o trabalho, o emprego e renda sejam preservados”.

Ao analisar a conjuntura nacional, ela alertou para as repercussões da disputa ideológica que hoje se trava, ao fazer um paralelo com os embates e pressões da mídia e de políticos, nos anos 1930, que culminou com o suicídio de Getúlio Vargas.

Segundo Jô Moraes, a sucessão de denúncias sem comprovações e que levaram à substituição de seis ministros e também ameaça provocar a demissão do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, quer atingir o governo da Presidente Dilma Rousseff e as forças de esquerda. “Essas denúncias sem comprovação têm um foco certo: a presidente Dilma Rousseff”, apontou a parlamentar.

“É uma disputa ideológica com o propósito de desacreditar o governo, as instituições constitucional e legalmente constituídas para que possam dirigir a convocação do povo. Aparentemente não há dirigentes nessa orquestração, mas há sim”, acusou.

Resposta dos trabalhadores

Jô Moraes convocou os sindicalistas a reunir as bases, os trabalhadores e organizações populares, para a defesa das bandeiras dos trabalhadores, como a redução da jornada de trabalho sem a redução dos salários e a proposta de emenda constitucional contra o trabalho escravo. “Essa é a resposta que devemos dar a essa onda de denuncismo sem comprovação”.

A parlamentar também alertou para o fato de a maioria da base de apoio da presidente Dilma Rousseff no Congresso Nacional não ser progressista. “Ela tem a maioria dos votos, mas lá está um grande contingente que não quer o desenvolvimento dos trabalhadores, não quer o pleno emprego, não quer os filhos dos trabalhadores nas universidades”.

E propôs que os trabalhadores que lutem para garantir os empregos. “Temos de manter as fábricas funcionando, produzindo, exportando, incrementando a renda, fazendo a economia funcionar”, afirmou. Segunda ela, essa é a maneira de evitar que “a quebradeira do mercado internacional atinja o País”.

Com informações da Ass. Dep. Jô Moraes