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Liga Árabe vai enviar "observadores" para a Síria

O bloco intercontinental que reune 23 países árabes, a Liga Árabe, confirmou nesta quarta-feira (16) que a Síria está suspensa do organismo e que vai enviar "observadores", que terão a tarefa de "avaliar" a onda de violência que assola o país e "proteger" os cidadãos sírios . A mídia ocidental tem afirmado que a violência parte do governo de Bashar al-Assad que, por sua vez, responsabiliza agentes estrangeiros pelos ocorridos.

O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, disse à mídia ocidental que "teme o agravamento da situação", apelando para que a "comunidade internacional" – leia-se Estados Unidos e seus satélites – colabore para evitar “mais derramamento de sangue” no país.

O assunto foi tema de uma reunião extraordinária realizada nesta quarta, em Rabat, no Marrocos. Os líderes árabes apoiaram a proposta de envio de observadores à Síria, sob o pretexto de que deverão agir como como meio de garantir "proteção aos civis" do país.

Desde março, o governo do presidente Assad impede a entrada de estrangeiros na Síria, por causa do envolvimento de centenas de árabes estrangeiros nos distúrbios causados por gangues.

O secretário-geral também afirmou que os observadores só serão enviados quando o governo sírio assinar um protocolo de entendimento "definindo claramente as obrigações e os direitos de cada parte".

No domingo (13), o governo de Al-Assad convidou representantes da Liga Árabe para visitar o país. Na ocasião, as autoridades sírias disseram que aceitam a proposta de envio de uma delegação "de observadores, peritos civis e militares e de órgãos de informação árabes".

Desde março a Síria tem sido alvo ´de bandos armados, segundo o governo do país, que se infiltraram em meio a alguns manifestantes e realizaram vários ataques terroristas contra civis e militares.

Segundo a mídia ocidental, os manifestantes são "pacíficos" e protestam pela saída de al-Assad do poder, que os reprime com violência. No entanto, o governo já mostrou centenas de provas de que em várias dessas manifestações havia bandos armados infiltrados nela, promovendo tiroteios e assassinatos de civis.

Nas últimas duas semanas a mídia corporativa tem mudado o enfoque que dava à Síria. Atualmente, as forças de segurança e militares sírios começam a ser tratados como "forças leais a Al Assad", enquanto os supostos desertores do exército sírio são chamados de militares que agirão no sentido de proteger os civis do país das supostas agressões das "forças leais a Al Assad".

As agências de notícias europeias divulgaram nesta quarta que um suposto comandante militar que desertou – coronel Riad Al Assad – chefiará, a partir da Turquia, um organismo recém criado, o "Conselho Militar Provisório", para controlar a aplicação dos objetivos dos mercenários, ou seja, a derrubada do governo, "proteção dos bens públicos e privados" e impedir a "anarquia" e "atos de vingança" quando o governo for derrubado, segundo contam as agências ocidentais.

Com agências