Inácio Arruda defende governo federal e democratização da mídia

Durante a reunião da Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal, na manhã desta quinta-feira (17), que ouviu o Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Roberto Lupi, o senador Inácio Arruda (PCdoB) fez uma enfática defesa do governo Dilma e cobrou a democratização dos meios de comunicação no Brasil.

O ex-ministro do Esporte, Orlando Silva, também do PCdoB, foi alvo de uma campanha difamatória e acabou deixando o cargo. Segundo o senador, o PCdoB não faz questão de cargo nenhum, “mas nós temos um compromisso, que é de natureza política. E eu considero o embate que está sendo travado no País de natureza política”, disse, acrescentando que quando “um bandido chega e faz uma denúncia caluniosa, mentirosa, sem prova, e usa isso para retirar um ministro do cargo e permite ilações até dos amigos, imaginem o que os adversários farão!”

Ainda em seu pronunciamento, Inácio Arruda destacou que o PCdoB, assim como o PDT do ministro Lupi, têm compromisso mais histórico com a causa em curso, que é a causa do Brasil. “É por isso que estamos neste Governo, um governo no campo democrático, no campo popular e da esquerda, que foi capaz de retirar 39 milhões de pessoas da condição de pobreza e miséria e colocar na classe média. Isso melhora a vida do povo, isso melhora a qualidade de vida”, argumentou.

Inácio denunciou que o objetivo central da campanha midiática é, em última instância, atingir o governo, e a presidenta Dilma. “Atingir uma ex-guerrilheira, capaz, inteligente, que governa o País, que começa a baixar os juros de uma banca que nos rouba todo dia. No entanto, não há denúncia nenhuma do assalto que essa banca pratica contra o povo brasileiro. São bilhões, todos os dias, todas as horas”. Inácio aproveitou para lembrar que não houve investigação sobre uma privatização sequer no Brasil. “Vendeu-se a Vale do Rio Doce, com quatro bilhões em caixa, por três. É uma espécie de crime de lesa-pátria. Investigação zero. Unanimidade da mídia a favor. Não havia um senão”.

Por considerar o embate de natureza política, o líder do PCdoB no Senado expressou seu apoio ao ministro do Trabalho. Lembrou que, contra Orlando Silva, “tinha uma calúnia, safada, covarde”. E citando Shakespeare disse “que de uma calúnia ninguém se livra. Nem V. Exª, nem eu, nem ninguém. O mais poderoso soberano é capaz de se livrar de tudo, menos de uma calúnia”. Mas, no caso do ministro Lupi,, ainda segundo o senador, nenhuma calúnia conseguiram produzir ainda, mas estão exigindo a sua renúncia, “porque o senhor é a ‘bola da vez. O senhor tem que cair de qualquer jeito. Para isso, vão buscar criar dificuldades internas no seu próprio Partido, dividi-lo, porque assim é mais fácil”.

Na análise do parlamentar cearense, o passo seguinte é dizer ‘”esta presidenta é desmoralizada, esta presidenta é conivente, acoberta a corrupção, o desvio, a malandragem. Esse é que é o alvo. Temos de raciocinar nesse cenário”. E acrescentou: “Foi e é difícil tirar um presidente que permite que o povo eleve a sua qualidade de vida, que possa expandir as universidades e garantir ensino de qualidade para a população, que possa expandir o ensino técnico, que possa gerar carteira assinada e salário mínimo, que possa dizer que o salário mínimo no próximo ano vai ter um dos maiores aumentos da história. É difícil”.

Democratização da Mídia

Por tudo isso é que o senador Inácio Arruda defende a democratização da mídia no Brasil. “Democratizar”, insistiu o senador. “Não queremos regular ninguém. Queremos democratizar e permitir que todos possam dizer a sua verdade”. E mais uma vez, se dirigindo ao ministro Lupi, acrescentou: “Como o senhor apelou aqui, no começo da sua explanação, eu não quero ser editado na base da covardia. Eu quero que digam tudo que eu disse, como o senhor está tendo oportunidade de fazer agora”. Inácio concluiu, dizendo ser o seu pronunciamento “uma opinião de natureza política. Nós enfrentamos o debate na política. Nós não nos acovardamos na política. Não peçam nunca isso do meu partido”.

Fonte: Assessoria do Senador Inácio Arruda (PCdoB)