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PAC 2: 11,3% das obras previstas foram concluídas

O governo federal divulgou, nesta terça-feira (22), um balanço do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2), que mostra um aumento de 66% na execução orçamentária entre junho e setembro de 2011. As rodovias foram as que mais avançaram, com 505 quilômetros de estrada. Do total previsto até 2014, foram concluídas neste ano, até setembro, 11,3% das obras.

Já foram concluídas a construção das hidrelétricas de Estreito (MA) e Dardanelos (MT), as obras de duplicação e adequação de 494 quilômetros de rodovias, e de implantação de quatro módulos operacionais de passageiros nos aeroportos de Guarulhos e Viracopos (SP), Vitória (ES) e Goiânia (GO).

Ainda segundo o balanço, 26% já foram executadas, 7% em processo de licitação e 66% das obras estão em fase de projeto ou licenciamento. Cerca de 86% dos investimentos estão em ritmo adequado, 10% demandam maior atenção e 3% foram classificados como preocupantes.
São quase 8 mil quilômetros de obras em rodovias e recursos para a manutenção de mais 55 mil quilômetros. Também há 3,1 mil quilômetros de obras de ferrovias sendo executados, com destaque para o trecho sul da Ferrovia Norte-Sul, a Nova Transnordestina e a Ferronorte.

A crise pela qual passou o Ministério dos Transportes resultou na revisão de diversas licitações. "As rodovias e ferrovias estão todas em revisão. Em algumas, a revisão já foi concluída, outras estão em andamento. Temos a expectativa de finalizar essa revisão em dezembro. Todas as que não foram retomadas em 2011, serão retomadas até o primeiro trimestre de 2012", disse a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior.

Os investimentos no programa, que incluem recursos do Orçamento Geral da União, estados, municípios, estatais e setor privado, alcançaram, em 2011, R$ 143,6 bilhões ou 15% do total previsto para o período de 2011 a 2014.

Energia

Foram executados R$ 16,1 bilhões no setor de Energia para a entrada em operação de quatro usinas hidrelétricas, 11 usinas termelétricas, nove de energia eólica e duas pequenas centrais hidrelétricas – totalizando um potencial de 2.532 megawatts (MW) de energia. De acordo com o balanço, até o final de setembro foram construídos 882 quilômetros de linhas de transmissão, em sete empreendimentos de produção de óleo e gás e em três gasodutos.

Considerando o valor dos empreendimentos, na área de energia, o PAC 2 concluiu 3% das obras, enquanto 88% encontram-se em ritmo adequado, 7% demandando mais atenção e 1% em ritmo preocupante. O balanço informa que 66% dos empreendimentos estão em fase de obras, 16% na etapa de projeto e licenciamento e 15% no processo de licitação.

A matriz energética recebeu, no terceiro trimestre de 2011, mais 514 MW de potencial de geração de energia. Isso se deve à entrada em operação de seis termelétricas (344 MW), seis usinas eólicas (164 MW) e uma pequena central hidrelétrica (6,5 MW).

Mais 29.004 MW serão acrescidos à capacidade de geração energética do país, com a conclusão das obras em andamento. No total, são 13 hidrelétricas (21.930 MW), 27 eólicas (682 MW), oito pequenas centrais hidrelétricas (149 MW), e 34 térmicas (6.242 MW). Além disso, há 24 linhas de transmissão de energia sendo instaladas, totalizando 8.459 quilômetros de linhas.

Na área de exploração do petróleo, oito campos iniciaram sua produção efetiva nas bacias Potiguar e Sergipe-Alagoas, ambas em terra. A Plataforma P-56, no Campo de Marlim Sul, instalado na Bacia de Santos, também começou a operar.

Entre julho e setembro, a indústria naval registrou a contratação de 102 embarcações. No mesmo período, 33 foram entregues. Atualmente, nove petroleiros estão sendo construídos nos estaleiros Atlântico Sul (PE), e nos estaleiros da Ilha e da Superpesa (RJ).

Cenário econômico

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, presente na apresentação do balanço, disse que, apesar das incertezas no cenário internacional, o governo trabalha com uma expectativa de crescimento da economia brasileira entre 4% e 5% em 2012. Neste ano, a Pasta espera um crescimento moderado do Produto Interno Bruto (PIB), alcançando 3,8%.

“Há muita incerteza sobre o que vai acontecer. Vislumbramos um cenário de desaceleração do crescimento nos Estados Unidos e de recessão na Europa, mas sem a crise que atingiu os países em 2008. No Brasil, a aceleração do crescimento deve ser de 4% a 5%”, comentou Barbosa.

Já a a ministra Miriam Belchior, do Planejamento, enfatizou que nos últimos três meses o governo acelerou as execuções do PAC. “O PAC cumprirá seu papel anticíclico. As obras alavancarão a nossa economia, vão garantir a geração de emprego, o aumento da renda no momento de incerteza internacional”, garantiu a ministra.

com Agência Brasil e Blog do Planalto