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Portugal: Trabalhadores preparam greve contra pacote de maldades

Os movimentos sociais e os sindicatos portugueses esperam uma forte mobilização dos trabalhadores em uma greve geral convocada para a quinta-feira (24), contra a política de cortes imposta pela famigerada troica, a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI.

Convocada pelos dois principais sindicatos, a CGTP e a UGT, a greve deve durar por 24 horas. "Vamos ter uma grande greve, que deve ser compreendida como um sacrifício indispensável para encontrar os caminhos do futuro", declarou Manuel Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP.

Os sindicatos apontam também que cerca de 30 manifestações serão realizadas em todo o país, particularmente em Lisboa, com o apoio da juventude, setor fortemente afetado pela precariedade do mercado de trabalho e pelo desemprego.

Veja o vídeo de convocação da greve, produzido pelo site grevegeral.net

GCTP e UGT esperam que a greve geral seja um aviso sério às medidas draconianas impostas ao governo do país pela troica. Pela segunda vez, as duas centrais estão unidas numa greve geral.

Por isso, UGT e CGTP apelaram à participação dos portugueses para, mais do que um dia de protesto, as duas centrais ganhem mais força numa jornada de luta para alertar governo das consequências das medidas inseridas no orçamento de 2012.

"Esta é uma greve pela esperança num futuro melhor para Portugal, por um diálogo social que leve a mais crescimento, a mais e melhores empregos, a uma maior justiça social e ao combate à pobreza e às desigualdades, diz a UGT em comunicado.

O objetivo é juntar trabalhadores em greve, aposentados, desempregados, jovens e todos aqueles que pretendam expressar o seu descontentamento em relação ao pacote de maldades contra os trabalhadores do país.

A CGTP e UGT querem, ainda, demonstrar o apoio dos sindicatos e de todos os trabalhadores, prometendo estar presente e fortemente empenhadas no acompanhamento dos piquetes de greve por todo o país.

Esta greve geral acontece em seguida à paralisação geral de novembro de 2010, quando as centrais se juntaram para manifestar, em uníssono, o descontentamento do país.

Os sindicatos argumentam que a resposta à crise não pode ser só com medidas draconianas contra os trabalhadores. A CGTP e a UGT exigem que os trabalhadores não paguem uma crise que foi imposta pelo sistema financeiro europeu e pela especulação de capitais.

Com agências