Reunião entre Chávez e Santos realimenta relações

O presidente colombiano chegou pouco antes do meio dia ao Palácio de Miraflores, onde se reuniu com Chávez, com a presença dos ministros das Relações Exteriores dos dois países, María Ángela Holguín e Nicolás Maduro.

Os presidentes mantiveram uma reunião no Palácio de Miraflores, sede do governo venezuelano, ocasião em que debateram temas relacionados ao comércio, à integração regional, ao narcotráfico, à guerrilha, ao contrabando de combustíveis e de alimentos, entre outros.

O colombiano Santos agradeceu a Chávez a prisão do narcotraficante Maximiliano Bonilla Orozco, conhecido como "El Valenciano".

Santos, que classificou o feito como "um presente muito bom", explicou que o criminoso é chefe de um grupo colombiano conhecido como "los Paisas" e que fazia parte da lista das pessoas mais procuradas em seu país.

Posteriormente, os membros da cada delegação se incorporaram ao encontro, que se estendeu até o final da tarde, dando vez em seguida a uma entrevista coletiva de imprensa.

Em agosto do ano passado, os dois presidentes concordaram em iniciar um processo de recomposição das relações bilaterais, a fim de reparar a deterioração causada durante o regime do colombiano Álvaro Uribe.

Nesse sentido, criaram-se comissões de trabalho orientadas a recuperar o ritmo dos intercâmbios comerciais e a cooperação em áreas como energia, segurança, fronteira e infraestrutura, entre outros.

Entre os assuntos da reunião estavam também o projeto estrutural em matéria de energia e três de investimentos colombianos na Venezuela.

Chávez também abordou com Santos temas vinculados com a guerrilha, o contrabando, além das fronteiras, gasolina e alimentos e o narcotráfico.

Chávez também mencionou as conspirações contra a Venezuela, que poderiam estar se organizando em território colombiano, bem como a presença no estado vizinho de notórios golpistas venezuelanos.

Em suas declarações, Chávez destacou que os temas no âmbito comercial, econômico e político serão prioridade sobre a mesa de discussão para "não nos deixar descarrilar porque em marcha está, e é evidente e público, um plano concebido para gerar conflitos entre Colômbia e Venezuela".

Assim, deu as boas-vindas a Santos e reafirmou a importância de cimentar a agenda bilateral "no respeito às instituições, à soberania e à cooperação".

Com agências