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Entidades fazem ato por Estado da Palestina Já

Em homenagem ao Dia Internacional de Solidariedade à Palestina, que é comemorado nesta terça-feira (29), a Assembleia Legislativa de São Paulo realizou, na segunda-feira (28), uma Sessão Solene para homenagear o povo palestino, com base na lei estadual de 1984, aprovada pelo então deputado do PCdoB, Benedito Cintra.

O evento contou com a presença de cerca de 150 pessoas e mais de 30 organizações entre centrais sindicais, partidos políticos, correntes religiosas e entidades representantes de movimentos sociais.

Os parlamentares Ivan Valente (PSOL); Jamil Murad (PCdoB); Simão Pedro (PT) e Adriano Diogo (PT) também compareceram à solenidade. A deputada Leci Brandão (PCdoB) não pôde participar, mas enviou seu chefe de gabinete como representante.

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A celebração contou também com delegados eleitos no 1º Encontro Nacional de Solidariedade ao Povo Palestino, realizado no último final de semana na Escola Nacional Florestan Fernandes do MST em Guararema.

A Unidade fortalece a luta

A presidente do Conselho Mundial da Paz e do Cebrapaz, Socorro Gomes, ressaltou a importância da diversidade e pluralidade de organizações que lutam em prol desta causa. Para ela, “é muito importante a unidade de todos os movimentos sociais brasileiros em apoio à causa palestina”. Ela apontou ainda que esse tipo de ação “ajuda a estreitar os laços e fortalecer a luta pela criação do Estado Palestina”, além de amplificar a Campanha Pelo Estado da Palestina Já.

A condução do evento foi feita pelo deputado Simão Pedro (PT/SP), proponente da sessão e antigo apoiador da causa palestina. O deputado agradeceu a incansável ajuda e colaboração do ex-deputado do PT e filho de palestinos, Salvador Khuriyêh.

Ainda sobre a importância da solidariedade internacional, Socorro observou que a maior parte dos países do mundo já reconheceu a Palestina como um Estado. Ela pontua, no entanto, que o Estado palestino não foi criado porque os Estados Unidos e Israel violam o direito daquele povo, que, desde 1947 tem seus direitos subtraídos por Israel.

“Por meio da força bruta, Israel mantém seu Estado, mas o Estado da Palestina até hoje não existe. É um dever o reconhecimento imediato desta nação. É um ato de obediência às normas internacionais”, ressalta.

Ela denuncia ainda a política imperialista dos Estados Unidos, que tem apoiado Israel no Conselho de Segurança da ONU, e “quando a Unesco [organismo das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura] aceita a adesão da Palestina como Estado pleno do organismo, os Estados Unidos deixam de pagar esse órgão, em uma clara intimidação para aqueles que apoiaram a adesão da Palestina na ONU e na Unesco”.

Para ilustrar o drama vivenciado pelos palestinos, que há mais de 60 anos lutam pela criação de um Estado próprio, foram projetados três vídeos: do Comitê palestino; do discurso da presidente Dilma Rousseff na ONU e o curta Resistência Palestina. Além disso, foram declamadas duas poesias. Uma sobre Gaza, pelo próprio autor, Khaled Mahassan e outra de Mahmoud Darwish por Paulo Faráh da USP e da BibliASPA.

Entre as entidades presentes no evento estavam as centrais sindicais CUT; Força Sindical; CTB e CGTB; os partidos políticos PT; PCdoB; PSB; PPL; PSOL; PSTU e PCB e entre as entidades estavam: FEPAL; BibliASPA; FEARAB; Instituto Jerusalém do Brasil; Central de Movimentos Populares; Centro Cultural Árabe-Sírio; MST/via Campesina; ICArabe; FDIM; OCLAE; UNE; Conselho Mundial da Paz; Cebrapaz; Marcha Mundial das Mulheres; Portal Arabesq; Unegro; CONAM/Facesp; UNI; ABIB; Revista Zunái; Revista Sawtak; Clube Homs; MOPAT e Frente Palestina Livre.

Da Redação do Vermelho, com informações de Lejeune Mirhan, membro do Comitê pelo Estado da Palestina Já