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Hezbolá qualifica sanções árabes a Síria como precedente perigoso

O movimento Hezbolá (Partido de Deus), líder da coalizão dirigente no Líbano, considerou um "precedente perigoso" a decisão da Liga Árabe de aplicar sanções à Síria, pressionada pelo Ocidente, destacaram hoje fontes locais.

"A aprovação dessas sanções por parte da Liga Árabe (LA) é um assunto vergonhoso e viola os princípios da ação árabe conjunta (…) e constitui um desafio ao sistema e as leis da Liga Árabe", indicou o agrupamento que encabeça a resistência libanesa.

Em um comunicado difundido em Beirute, o Hezbolá chamou de medida injusta" a sanção econômica decidida no domingo (27) no Cairo em uma reunião de emergência do Conselho de Ministros da organização pan-árabe, coincidindo com ações adotadas antes pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

O agrupamento xiita destacou que a Síria e seu Governo serão afetados, mas sobretudo seu povo, pois se proíbem de forma imediata as transações com o Banco Central Sírio, se suspendem voos comerciais e congelam os ativos de Damasco nos países árabes.

Acrescentou que as sanções também "se inserem no marco de uma política puramente estadunidense que serve aos projetos dos Estados Unidos na região".

Nesse sentido, considerou um direito do povo "advertir contra a transformação da Liga Árabe em uma ferramenta nas mãos da administração estadunidense".

As medidas anunciadas no Cairo, na ausência da Síria, foram objetadas pelo Líbano, Iraque e Argélia que puseram reservas e indicaram que não as acatarão.

Concretamente, o chanceler libanês, Adnan Mansour, afirmou que seu país não aprovava as represálias porque gerarão massivas repercussões negativas contra Beirute, que desenvolve um amplo comércio e fluxo fronteiriço com Damasco.

As sanções incluem, também, congelar os negócios financeiros e cancelar projetos árabes em território sírio, bem como vigiar as transferências bancárias do governo, excluindo as de cidadãos e as transferências sírias de emprego no exterior.

Fonte: Prensa Latina