Valter defende políticas de igualdade racial em Campo Bom

 Durante a sessão, o plenário ficou lotado de representantes de diversos segmentos sociais (líderes de entidades de defesa dos direitos dos negros, estudantes, sindicalistas, líderes comunitários, hip hop e UJS) que acompanharam a sessão até o final.

Em seu discurso, Valter observou que historicamente a população afro descendente, desde a sua chegada ao Brasil, tem sido acometida por injustiças que, até os dias atuais, não foram sanadas. Atualmente, é possível perceber os resquícios dessa conjuntura histórica, pois os negros ainda continuam, em sua maioria, destacando-se nos indicadores sociais. Citou como exemplo a renda dos brancos, que costuma ser o dobro da dos negros e a incidência da pobreza na população negra: de cada dez pobres, seis são negros.

Enquanto cerca de 22% dos brancos são considerados pobres, este percentual na população negra é mais do que o dobro (47%). Ainda nesse contexto, ressaltou que o índice de desemprego é mais acentuado entre os jovens negros (74,7%) do que para os jovens brancos (59,6%). As jovens mulheres negras vivem o que a OIT considera “situação de dupla discriminação”- de gênero e raça.

Enalteceu também, a inegável participação dos negros na construção econômica, social e cultural da cidade de Campo Bom até os dias atuais. “Com o seu trabalho, principalmente nas olarias e fabricas de calçados e a introdução de seus costumes e tradições, os negros marcaram e continuam marcando a historia da cidade. Por isso a um clamor da comunidade para que se resgate e valorize cada vês mais a historia oficial dos negros campobonenses”. Finalizou a sua fala no grande expediente.

O anteprojeto segue agora para análise das comissões do Legislativo Municipal.

Para o Vermelho,
João Flávio -Assessor de Bancada do PCdoB/Campo Bom/29/11/11