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Irã prende invasores de embaixada britânica e condena incidentes

A polícia do Irã informou nesta quarta (30) que prendeu estudantes que invadiram a embaixada da Grã-Bretanha nesta capital, enquanto a chancelaria condenou o "comportamento inaceitável" de alguns manifestantes.

O comandante da polícia da República Islâmica, Ahmad-Reza Radan, assinalou que são investigados os detalhes do ataque à sede diplomática britânica, ocorrido na terça-feira, quando centenas de universitários se mobilizaram para respaldar a redução de relações com Londres.

A multidão concentrou-se fora da sede diplomática e em frente ao Jardim Qolhak em Teerã com bandeiras iranianas para condenar as políticas hostis do país europeu para com a nação persa, depois de sanções adotadas por desacordo com o programa nuclear iraniano.

Radan assinalou que os acontecimentos "feriram o sentimento público" e contrastou a atitude dos que faziam coro com frases contra o Reino Unido com aquela dos que "se excitaram em suas emoções e entraram na embaixada britânica passando por cima das forças policiais".

Ele afirmou que vários dos que ingressaram no edifício da delegação diplomática estão detidos e que já foram tomadas as "medidas necessárias" para prender outros, tal como se fez com aqueles que invadiram o Jardim Qolhak.

O oficial destacou que depois dos incidentes o chefe da polícia, Esmaiel Ahmadi Moqaddam, se apresentou na sede atacada para garantir a segurança do embaixador e do resto do pessoal, parte do qual já começou a sair do Irã, segundo fontes migratórias nesta capital.

Segundo a agência oficial iraniana IRNA, o embaixador britânico terá que abandonar o país em um prazo de duas semanas, por acordo do Parlamento persa, mas expressou seu agradecimento à polícia pelas medidas adotadas e pela detenção dos responsáveis pelo ataque.

Em um comunicado divulgado também na terça-feira, o Ministério de Relações Exteriores reafirmou que "é lamentável o comportamento inaceitável de certos manifestantes, apesar dos esforços das forças policiais e do fortalecimento da guarda da embaixada".

A esse respeito, a nota convocou os funcionários governamentais a "atuarem imediatamente" contra esses fatos e sublinhou que a República Islâmica "respeita as normas e regulações internacionais, e o governo está comprometido a proteger o pessoal e instalações diplomáticas".

A concentração estudantil, que decorreu sem feridos, terminou com uma declaração de apoio à moção do Majlis (Parlamento iraniano) de rebaixar os vínculos com a Grã-Bretanha, medida aprovada pelo Conselho de Guardiões da Revolução, máximo órgão colegiado do país.

Fonte: Prensa Latina