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Turquia adere ao imperialismo e anuncia sanções contra Síria

A Turquia decidiu impor sanções econômicas e financeiras contra a Síria, anunciou o chefe da diplomacia turca, Ahmet Davutoglu.

Entre as medidas, o país disse que vai suspender todas as transações comerciais e linhas de crédito com a Síria e congelar fundos ligados ao país.

Davutoglu afirmou nesta quarta-feira (30) que a Turquia vai bloquear a entrega de armamentos e equipamentos militares para a Síria, como parte das sanções.

Segundo ele, o país entrou em um "círculo vicioso de violência", apesar dos avisos da Turquia contra isso. "A Síria deve cessar imediatamente o uso da força contra a população e as forças de segurança devem deixar as cidades".

Davutoglu informou que os acordos de cooperação com o país ficariam suspensos até que um novo governo assumisse o lugar do atual, liderado pelo presidente Assad que, segundo ele, "chegou ao fim da estrada".

Na terça-feira (29), o chanceler já havia dito que a Turquia não gostaria de considerar a opção de intervenção militar na Síria, mas que estava pronta para qualquer cenário. Em entrevista com a emissora de televisão Kanal 24, ele afirmou ainda que um regime que tortura o próprio povo não teria chance de sobreviver.

Liga Árabe

As sanções anunciadas pela Turquia coincidem com as aprovadas pela Liga Árabe no domingo (27).
Entre as sanções impostas pela Liga, está a proibição de viagens de autoridades sírias, o congelamento de fundos relacionados ao país, o bloqueio de acordos e transações com o banco central sírio e o fim de investimentos no país.

Também está contemplado o fim das relações comerciais com o governo de Damasco, com exceção de mercadorias estratégicas que afetem a população.
Líbano


O Líbano informou que não vai seguir as medidas aprovadas na Liga Árabe, segundo anunciou seu ministro das Relações Exteriores, Adnan Mansour. "Não estamos de acordo com essas sanções e não vamos segui-las", disse.

Segundo estimativas da ONU, desde o início das revoltas em março, mais de 3.500 pessoas morreram, entre elas centenas de crianças. O governo de Bashar Assad afirma que é vítima de grupos terroristas armados apoiados por estrangeiros e que já perdeu mais de 1.100 soldados.

Atualmente, a Síria não está representada na reunião da Liga Árabe porque sua filiação foi suspensa.

Com agências