Sócrates: o jogador se foi; viva o filósofo do povo!
Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira morreu na madrugada deste domingo (4). Bons jogadores surgem todos os anos. Só alguns viram craques. Nenhum se tornou filósofo em campo e criou estruturas revolucionárias, como a Democracia Corintiana. Há muito tempo, pendurou as chuteiras, mas seu talento nos pés e na vida como militante por um mundo melhor perduraram, levando sua passagem histórica pelo futebol à veneração também das novas gerações.
Publicado 04/12/2011 11:57
O talento do jogador em campo e o seu natural espírito de liderança elevaram Sócrates a um papel superior na história do futebol brasileiro.
Sem enumerar aqui seus feitos no gramado, nas Copas, no Corinthians, que a memória televisiva reproduz para deleite de quem assistiu e de quem não teve o privilégio, Sócrates permanece na história do esporte como um personagem diferenciado.
A bola, para ele, foi uma espécie de palanque que lhe permitiu compartilhar ideias, críticas, indignação verdadeira com o estado das coisas.
De Sócrates não haverá grande jogada, gol ou vibração que se compare com a sua postura, coerência, engajamento e inteligência fora de campo.
O mundo seria melhor se houvesse dois Sócrates a cada século.
Vermelho com informações de agências