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Depois da renúncia de Lupi, PDT discute seu futuro

Depois que Carlos Lupi renunciou ao cargo de ministro do trabalho, decisão comunicada `a presidente Dilma neste domingo, o PDT entra em debate para saber que rumo tomar daqui para frente. O secretário-executivo do Ministério do Trabalho, Paulo Roberto Pinto, foi confirmado como ministro interino da pasta.

Nesta segunda-feira (5), Carlos Lupi esteve no ministério apenas para recolher seus pertences. Ele saiu por volta das 11 horas e foi direto para a sede do PDT nacional. Para o repórter do jornal O Globo que o acompanhava, Lupi declarou: “Com vocês agora eu só falo por meio de nota oficial. Vocês já destilaram todo o seu ódio. Agora só por nota”.

Na sede do PDT, Lupi se reuniu com membros da executiva nacional do Partido. Um dos presentes, o secretário geral Manoel Dias, disse que ainda é cedo para falar sobre o futuro do PDT no governo Dilma e que a permanência no partido no Ministério do Trabalho depende de encontro com a presidente, que ainda não foi marcado.

Segundo Manoel, com a renúncia, Lupi livrou-se de uma tortura. Ele afirmou que o ex-ministro foi vítima de injustiça porque “nada do que se diz contra ele foi provado”. Dias também salientou que o partido vai pedir um relato sobre a conversa definitiva entre Lupi e a presidente Dilma, que aconteceu na noite de domingo no Palácio da Alvorada. O dirigente reconheceu que um dos motivos que o levaram a pedir demissão foi o desgaste pessoal e familiar. “A família sofre mais do que todo mundo". 

Direção do PDT

O presidente interino do PDT, deputado federal André Figueiredo (CE), declarou para a Agência Brasil que Lupi voltará à presidência do partido em janeiro. Segundo Figueiredo, ele pediu um mês de folga para descansar com a família.

“Ele disse que vai ficar este mês com a família e, em janeiro, assumirá a presidência do PDT”, cargo do qual Lupi está licenciado. Por recomendação da Comissão de Ética da Presidência da República, Lupi teve de deixar a presidência por não poder acumular simultaneamente com o de ministro.

Porém, poucos minutos depois, o deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ) deu uma declaração para a mesma agência afirmando que ainda não estava decidido. “É preciso democratizar a interlocução. Espero que o ministro tenha o gesto de grandeza de perceber que não é o momento ideal para ele assumir a presidência do PDT. Não dá para o Lupi sair do ministério, colocar um paletó e voltar ao Planalto para negociar com o governo em nome do partido", disse Brizola.

De Brasília,
Kerison Lopes