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Mesmo com renúncia de Lupi, PDT mantém apoio ao governo Dilma

O PDT continua apoiando o governo Dilma independente do desfecho que tomar o caso do ministério do Trabalho. Essa é a decisão tomada pela executiva nacional do partido, que se reuniu nesta segunda-feira (5), em Brasília. A discussão se deu em função da renúncia de Carlos Lupi da pasta, comunicada à presidente Dilma no domingo (4).

Segundo o deputado federal André Figueiredo (CE), presidente nacional da legenda, “o PDT ratificou o apoio dado ao governo Dilma e cabe a presidente indicar o sucessor de Lupi no ministério do trabalho”. Para Figueiredo, seu partido fica na base, “independente de permanecer no ministério do Trabalho ou mesmo em outro ministério”.

O parlamentar informou que a decisão de continuar fazendo parte da base de sustentação foi tomada por unanimidade. “É consensual o apoio ao governo Dilma, mesmo os senadores Pedro Taques (MT) e Cristovam Buarque (DF), que defendem que o PDT não ocupe cargos, são a favor da permanência do partido na base de sustentação do governo Dilma”.

Para o deputado Brizola Neto (RJ), a reafirmação do apoio se deu pela “profunda identidade” entre seu partido e o rumo tomado pelo governo. “Um governo que valoriza os trabalhadores, um governo que faz gestos de soberania nacional. Que faz nossa economia crescer, que tem várias ações que melhoram a vida do povo brasileiro”.

Comissão

Após a reunião, foi comunicado a montagem de uma comissão de cinco pessoas para negociar com o governo de que forma vai se dar a participação dos trabalhistas daqui pra frente. Ela é composta pelo presidente André Figueiredo, o vice, deputado Brizola Neto, o secretário geral Manoel Dias e os líderes na Câmara e no Senado.

Brizola Neto disse que foi uma decisão do próprio Carlos Lupi formar uma comissão, sem sua participação. “A gente quer ouvir do governo o que ele espera do PDT para dar as respostas devidas”.

Segundo André Figueiredo, Lupi tomou a iniciativa de tirar férias no próximo período e volta para a presidência do partido no ano que vem. “Ele foi eleito em convenção e, portanto, é o presidente, apesar de estar licenciado de sua função. Tem mandato até 2013 e volta no dia 30 de janeiro, em uma reunião do diretório nacional”.

De Brasília,
Kerison Lopes