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Cuba: uma nova vitória contra o bloqueio estadunidense

O bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto por Estados Unidos a Cuba desde a década de 1960 voltou a sofrer neste ano outro ataque por parte da comunidade internacional, que exige o fim dessa política que provoca perdas milionárias ao país caribenho.

Pela vigésima ocasião consecutiva, as nações membros da Assembleia Geral de Nações Unidas votaram a favor de Cuba com 186 votos, enquanto foram computadas duas oposições e três abstenções, fato que exemplifica a expressiva rejeição mundial a essa postura da Casa Branca.

O ministro cubano de Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, ao intervir no plenário da Assembleia em 25 de outubro, explicou que o apoio à maior das Antilhas é uma nítida prova do isolamento de Washington e da resistência de uma nação que se nega a perder sua soberania.

O chanceler recordou que o bloqueio constitui um ato de genocídio que busca provocar o desengano e o desalento mediante a insatisfação econômica e a penúria, debilitar a vida econômica de Cuba e provocar fome, desespero e o derrocamento do Governo.

Previamente à votação, diferentes países e grupos regionais expressaram sua adesão ao projeto de resolução 65/6, intitulado “Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos contra Cuba”.

O Movimento dos Países Não Alinhados (NOAL) rejeitou as violações ao multilateralismo que representa o bloqueio, uma política que, ademais, contradiz os princípios e normas da Carta da ONU.

Mecanismos regionais como o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e o Grupo dos 77 qualificaram de "obsoleto" e "contrário ao direito internacional" o cerco contra a ilha, considerando esse um castigo coletivo que limita o bem-estar e retarda o desenvolvimento da população cubana.

As votações contra o bloqueio começaram em 24 de novembro de 1992, quando a 47ª sessão ordinária desse órgão aprovou por 59 votos a favor, três contra e 71 abstenções a primeira resolução.

Entre os exemplos dos danos provocados pelo bloqueio estão os ocasionados ao setor agroalimentar. Se não existissem as restrições dessa política, poderiam se constituídas empresas conjuntas entre ambos países para o desenvolvimento da produção de feijão, soja, carne de vaca e porco, entre outros alimentos.

Também poderiam ser promovidas importantes atividades de logística de armazenamento, benefício, tratamento de pós-colheita e distribuição, o que garantiria a substituição de algumas das importações.

Fonte: Prensa Latina