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Campanha por divisão do Pará perde fôlego e adesão dos eleitores

A seis dias do plebiscito, a frente favorável à divisão do Pará enfrenta uma crise gerada pela perda do tempo de campanha no rádio e na TV e a falta de mobilização nos principais redutos.

O plebiscito ocorrerá no próximo domingo (11). Os eleitores paraenses irão decidir sobre a criação dos estados de Carajás e Tapajós. Já o Pará terá seu território reduzido.

Na terça-feira (6) o cenário de tensão entre as duas alas se agravou com ataques do governador Simão Jatene (PSDB) ao marqueteiro Duda Mendonça, responsável pela campanha da separação.

Jatene afirmou no horário eleitoral não aceitar que "vendedores de ilusões sem identidade com o Pará" tratem "nossa gente como galos em uma rinha". A declaração foi uma referência ao episódio envolvendo Duda, detido em 2004 pela Polícia Federal por participar de rinhas de galo.

O governador ganhou direito de resposta a vídeos elaborados por Duda. Como o horário eleitoral termina nesta quarta-feira (7), a campanha pela criação dos estados pode ficar sem desfecho no rádio e na TV — já que os direitos de resposta ocupam quase todo o tempo dos separatistas.

Campanha contra a separação

Nos bastidores, congressistas afirmam que as pesquisas indicando vitória da frente contra a divisão do Pará desestimularam aliados pelo temor de desgaste político com a derrota. Os recursos, dizem, também rarearam.

Segundo o Datafolha, houve aumento na rejeição à partilha do estado: 62% dos eleitores se opõem à formação do Carajás e 61% são contra a criação do Tapajós.

Informações da Folha.com