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Parlamentares estão divididos sobre criação de Carajás e Tapajós

Levantamento feito pela Agência Brasil mostra que dez dos 20 parlamentares eleitos pelo Pará para o Congresso Nacional são contrários à proposta de divisão do estado. Já aqueles favoráveis à divisão somam seis, enquanto quatro adotaram postura neutra. No próximo domingo (11), os paraenses irão às urnas para responder se são favoráveis ou não à divisão do território para a criação de dois novos estados, Carajás e Tapajós.

Na Câmara, dos 17 deputados federais paraenses, oito disseram ser contra a divisão. “Os problemas alegados para dividir o estado não serão resolvidos com a criação de duas novas estruturas. Realmente, há muita desigualdade, mas existem maneiras melhores para resolvê-las”, disse o deputado Cláudio Puty (PT).

Seis deputados declararam-se a favor da divisão do estado. Nascido em um município próximo à cidade de Marabá, que será a capital do estado de Carajás, caso a criação do estado seja aprovada, o deputado Wandenkolk Gonçalves (PSDB) argumentou que com a divisão trará mais desenvolvimento, educação e saúde.

Os deputados Wladimir Costa (PMDB), José Priante (PMDB) e Beto Faro (PT) defenderam a realização do plebiscito, mas preferiram manter postura neutra. Já no Senado, nenhum dos três representantes do estado é a favor da divisão.

Os senadores Flexa Ribeiro (PSDB) e a Marinor Brito (PSOL) defendem a manutenção atual do território paraense. Já o tucano Mário Couto não adotou posição em relação à disputa.

Caso a maioria do eleitorado vote pela divisão, o Pará, hoje com área de 1.247.689 quilômetros quadrados, ficaria com 17% desse território, Carajás, ao sul do estado, com 35%, e o Tapajós, localizado a oeste, com 58%.

A votação de domingo ocorre das 8h às 17h. Os eleitores responderão a duas perguntas: a primeira, se eles são a favor ou contrários à criação do estado do Tapajós. Em seguida, devem opinar se são a favor ou não da criação do estado de Carajás. A ordem das perguntas foi definida em sorteio pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O voto é obrigatório para quem tem título de eleitor do Pará, e os que estiverem fora do domicílio eleitoral têm o prazo de 60 dias para justificar a ausência.

Fonte: Agência Brasil