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Deputados rejeitam pedido para convocação de Fernando Pimentel

Os deputados da base governista conseguiram derrubar, nesta quarta-feira (7), o requerimento de convocação do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, para que ele prestasse esclarecimentos na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara.

Os deputados Duarte Nogueira (PSDB-SP) e Nilson Leitão (PSDB-MT), autores do requerimento, queriam que Pimentel explicasse na Casa denúncias publicadas desde domingo pelo jornal O Globo. A acusação é de que Pimentel poderia ter se beneficiado de empresas que têm contratos com a prefeitura de Belo Horizonte em sua empresa de Consultoria. 

O requerimento foi derrubado por 13 votos contra a convocação. Votaram a favor apenas 5 deputados. O argumento utilizado pelos deputados que defenderam contra foi de que a consultoria prestada por Pimentel foi antes dele assumir o cargo de ministro e também em um período em que não ocupava nenhum cargo público. O deputado Odair Cunha (PT-MG), vice-líder do governo, foi um dos articuladores da base aliada na sessão, alegou que não é papel da Câmara investigar as denúncias.

"Todas as matérias se referem à prefeitura de Belo Horizonte, não pode a comissão querer investigar supostos contratos com a prefeitura de Belo Horizonte. Não há ato do Pimentel a ser investigado", afirmou Odair Cunha.

Outras convocações

Ele alegou também que a oposição "vem com a tese do vale a pena ver de novo, como na novela. É o desejo da oposição convocar o ministro". Para Cunha,  todas as matérias que fazem referência à atividade privada se referem a Belo Horizonte. "O ministro se dispõe a vir nesta comissão para tratar de assuntos pertinentes a sua pasta. Mas este não é o roteiro que deseja a oposição" concluiu o vice-líder do governo.

A comissão também rejeitou a convocação da ministra da Cultura, Ana de Hollanda, e do ministro de Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. Quanto a Bezerra, os deputados do PSDB e DEM queriam que ele prestasse esclarecimento sobre o suposto abandono das obras de transposição do Rio São Francisco pelo governo federal. Também nesse caso, "as provas" apresentadas pelos deputados eram recortes de jornais, no caso, O Estado de S. Paulo. 

De Brasília, 
Kerison Lopes