Justiça quer interrogar responsável por ataque a palácio em 1973
A Justiça chilena ordenou que o juiz Mario Carroza, encarregado da investigação sobre as causas da morte do ex-presidente Salvador Allende (1970-1973), interrogue pela terceira vez o ex-general da Força Aérea chilena (Fach), Mário Lopez Tobar.
Publicado 07/12/2011 16:05

Palácio de La Moneda sendo bombardeado no dia 11 de setembro de 1973
O objetivo é fazer ele entregar os nomes dos demais pilotos que atacaram a sede do governo do país, o Palácio de La Moneda, e a casa do ex-mandatário, em 11 de setembro de 1973 — data do golpe de Estado que instaurou da ditadura no país (1973-1990) sob o comando de Augusto Pinochet.
A medida foi aceita, em última instância, após Carroza negar a solicitação do advogado do Movimento Socialista Allendista, Roberto Avila, segundo quem o bombardeio à sede de governo constitui em uma tentativa frustrada de homicídio, independentemente das circunstâncias em que o presidente Allende acabou morrendo.
Tobar, que chefiou a esquadrilha que atacou o La Moneda, por vez, já foi interrogado por Carroza em duas outras ocasiões anteriores e nas duas vezes manteve-se calado quando foi questionado sobre seus parceiros.
Carroza também cuida das investigações das mortes do poeta chileno Pablo Neruda e do general Alberto Bachelet, pai da ex-presidente Michelle (2006-2010), ambas ocorridas durante a ditadura.
Fonte: Ansa