Nas urnas povo rejeita a divisão do Pará
O eleitorado paraense, em plebiscito histórico realizado nesse domingo (11), rejeitou a divisão territorial do Pará votando contra a criação dos estados de Carajás e Tapajós.
Publicado 11/12/2011 22:44 | Editado 04/03/2020 16:53

O início da votação começou às 8h da manhã e transcorreu sem muitos problemas. Os eleitores responderam a consulta votando com o número 77 para responder a duas perguntas para a criação dos estados de Carajás e Tapajós; e com o número 55 votaram pela manutenção do território do Pará, em mais de 14 mil seções eleitorais espalhadas pelo estado.
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Mais de três mil militares do Exército engrossaram a segurança em mais de 16 cidades do Pará, incluindo os municípios de Santarém e Marabá, que seriam as capitais dos novos estados.
Praticamente já está concluído o processo de apuração, com 13.862 seções apuradas, representando 97,28% da votação. Mais de 2.313.180 de eleitores (66,60%) votaram contra a criação dos novos estados (Carajás e Tapajós); e 1.160.147 (33,40%) votaram a favor da criação. O número de abstenções chegou a 1.236.050 (25,67%), de um total de 4.848.495 de eleitores aptos a votar.
Com esse resultado o eleitorado paraense, de forma democrática, negou a criação dos novos estados e o processo de divisão do território do Pará está concluído com a consulta popular, pois não precisa mais passar por análise na Assembleia Legislativa do Estado do Pará e pelo Congresso Nacional.
Desafios para o Estado do Pará
São muitos os desafios que precisam ser respondidos no Pará, sem dúvida depois do processo de consulta popular é preciso governar buscando os interesses da maioria da população, combater a pobreza e a miséria que infelizmente é muito forte no estado.
É preciso combater as mazelas que existem no Pará, como: o trabalho escravo, a exploração sexual de crianças e adolescentes, responder às demandas dos direitos humanos que em grande parte o próprio estado é violador.
Precisamos de um novo projeto de desenvolvimento, que busque integrar as regiões, é hora de lutar para que as riquezas do estado sejam investidas para benefício do povo trabalhador e construir um Pará forte com desenvolvimento econômico e inclusão social.
De Belém,
Moisés Alves