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Cúpula do Mercosul vai avaliar ingresso da Venezuela ao grupo

A próxima reunião de cúpula do Mercosul analisará a entrada oficial da Venezuela no grupo. No momento, o ingresso desse país depende da aprovação do Senado paraguaio, dominado por partidos de oposição ao presidente Fernando Lugo. O Paraguai é a última instância de um país-membro em que a questão precisa de aprovação.

O chanceler do Paraguai, Jorge Lara, defendeu, nesta segunda-feira (12), o ingresso da Venezuela no bloco. Ele esclareceu à Prensa Latina que a chegada de Caracas ao bloco se insere dentro do processo de integração da América Latina e do Caribe.

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Frente à postura dos legisladores paraguaios que rechaçam o ingresso da Venezuela, Lara afirmou que o Senado não pode permitir que o país continue ilhado.

Ampliação do bloco

Na reunião, em que o Uruguai repassará a presidência temporária do grupo à Argentina, também será abordada uma possível incorporação do Equador e da Bolívia, atualmente membros associados.

O presidente do Uruguai, José Mujica, afirmou em várias ocasiões que a entrada da Venezuela "fará bem" ao Mercosul e "dará mais equilíbrio" ao bloco.

A regulamentação do Mercosul exige consenso dos quatro países-membros para aprovar um novo ingresso. Os governos e Parlamentos de Brasil, Argentina e Uruguai já deram seu sinal verde à entrada venezuelana, mas no Senado paraguaio o assunto permanece travado.

Após participar neste fim de semana em Buenos Aires da cerimônia de posse de Cristina Fernández de Kirchner, Mujica disse que buscará uma "revisão do critério jurídico" do bloco para permitir a entrada da Venezuela, com quem os países que integram o bloco mantêm relações dinâmicas e amplas.

O presidente frisou que Brasil, Argentina e Uruguai "estão de acordo" com essa possibilidade "e agora é preciso consultar (o presidente do Paraguai, Fernando) Lugo".

Com informações da AVN e da Efe