Cerca de 10 milhões de espanhóis vivem em pobreza relativa
Cerca de 10 milhões de pessoas (22,5% da população) vivem na Espanha em situação de pobreza relativa, isto é, com cerca de 500 euros de renda mensal, informou nesta quarta-feira (14) uma organização de direitos civis.
Publicado 14/12/2011 18:10
Considera-se pobreza relativa quando os rendimentos estão abaixo de 60% das rendas médias de um país, explicou, na cidade de Toledo, Carlos Susías, presidente da Rede Europeia de Luta contra a Pobreza e a Exclusão Social (EAPN, na sigla em inglês).
Susías informou também que mais dois milhões de pessoas no país sofrem de pobreza "severa" (quando estão abaixo de 25% da renda média), ao contar com apenas 300 euros mensais, segundo o parâmetro da União Europeia.
O representante da EAPN na Espanha diz que a situação social tende a se agravar em 2012 e fez um alerta ao próximo governo – encabeçado pelo direitista Partido Popular (PP) – sobre a necessidade de investir e não só de fazer cortes nos investimentos sociais.
Na sua opinião, é importante estabilizar o nível entre rendimentos e gastos, mas reduzir os gastos pura e simplesmente não pode converter-se na missão fundamental.
Devem ser aumentados as rendas das população para reativar a economia, pois caso contrário entraremos em uma espiral da qual dificilmente sairemos, enfatizou.
Susías qualificou como "tremendamente grave" a situação das organizações sociais que trabalham na Espanha com os setores mais vulneráveis da população.
O titular da Rede Europeia de Luta contra a Pobreza afirmou que essas entidades têm sérios problemas, porque há três anos recebem menos recursos para ajudar as pessoas mais prejudicadas pela crise econômica.
A EAPN considera que é preciso elaborar políticas para trabalhar pelos mais desfavorecidos e, de forma paralela, buscar empregos de melhor qualidade, que não desapareçam rapidamente.
Com informações da Prensa Latina