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Mastologista diz que diagnóstico precoce é cura para câncer

No último dia 27 de novembro, quando se comemorou o Dia Nacional do Combate ao Câncer, foram divulgadas pesquisas que apontam para o crescimento de casos. Para o médico mastologista Luiz Ayrton Santos Junior, “a preocupação não deve ser com o crescimento, a preocupação e o compromisso é que uma mulher com a doença pode ser curada se o diagnóstico for precoce”.

“A gente tem que estabelecer estratégias para que a mulher tenha acesso à mamografia, ao tratamento correto e à medicação adequada, atingindo o objetivo que é a cura”, afirma o médico.

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Para Luiz Ayrton, criador da Fundação Maria Carvalho Santos, no Piauí, o câncer de mama tem uma incidência heterogênea. As regiões mais desenvolvidas têm índices altos e as regiões mais atrasadas têm índices baixos e altas taxas de mortalidade.

A fundação promove, desde 1991, atividades que visam o controle e diagnóstico precoce do câncer de mama no Piauí. Em 1998, organizou a Fundação Maria Carvalho Santos que exerce atividades de educação em saúde, diagnóstico precoce do câncer de mama e adaptação social da pessoa com câncer.

Ele explica que a alta taxa de mortalidade nos casos de câncer de mama na região Nordeste se deve à falta de assistência. E o alto índice de casos nos centros urbanos ocorre em função do “palco hormonal” das mulheres, expostas as condições da vida moderna.

Doença da modernidade

“Diferente do câncer do colo de útero, que está ligado à vida promíscua da sexualidade, o câncer de mama é da intempérie da vida. É uma doença dos nossos tempos, da modernidade, dos produtos químicos com que convivemos”, avalia o médico.

Segundo ele ainda, a maior incidência é porque as mulheres de hoje vivem diferente de como viviam suas avós. “A tendência do aumento de casos é natural porque está muito ligada ao ‘palco hormonal’ que a mulher vive”, explica Luiz Ayrton.

Ele lembra que antes as mulheres tinham muitos filhos, amamentavam mais, não usavam anticoncepcionais, menstruavam tardio. Hoje, ao contrário, elas menstruam cada vez mais cedo, usam anticoncepcionais, têm poucos filhos e amamentam menos, destacando o “ambiente contaminado do supermercado”.

O médico diagnostica que existem produtos químicos, físicos e emocionais que colaboram para o aumento da incidência da doença. “Já temos 1,3 milhão de casos para este ano e 49.930 casos só para o Brasil.”

De Brasília
Márcia Xavier