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Chanceleres discutem meios de proteger indústrias do Mercosul

Um novo mecanismo, para proteger as indústrias do Mercosul, num contexto de crise internacional, está sendo negociado nesta segunda (19), na capital uruguaia, pelos chanceleres do Brasil, da Argentina, do Uruguai e do Paraguai.

O mecanismo, defendido pelo Brasil e pela Argentina, autoriza qualquer membro do Mercosul a elevar, acima da Tarifa Externa Comum (TEC), as alíquotas de até 200 produtos, provenientes de terceiros países. Se aprovado o mecanismo, o aumento será temporário, com duração entre dois e cinco anos.

Negociadores dos governos brasileiro e argentino explicaram que não serão aumentos automáticos. Cada país pode propor uma lista de produtos cuja importação quer dificultar. Os demais membros do Mercosul serão consultados e terão um prazo determinado para contestar, caso se sintam prejudicados.

Por terem parques industriais maiores, o Brasil e a Argentina têm interesse em proteger seus mercados da possível invasão de produtos asiáticos e europeus. Com a crise internacional, os países ricos estão comprando menos e precisam vender mais. E o Mercosul é uma região que continua crescendo.

Porém, o Uruguai e o Paraguai, cujas economias dependem mais de importações, não têm tanto interesse em aumentar as barreiras ao comércio. Para fechar o acordo, falta negociar uma compensação para os governos uruguaio e paraguaio. O Uruguai, assim como o Brasil, quer que a Argentina demore menos para outorgar licenças não automáticas de importação e que estabeleça um prazo certo. A Organização Mundial do Comércio (OMC) determina prazo de 30 dias e, em casos excepcionais, de 60 dias, mas os argentinos costumam demorar mais que isso.

Fonte: Agência Brasil