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Exército egípcio volta a atacar manifestantes pelo 4º dia seguido

Militares egípcios atacaram pelo quarto dia seguido manifestantes na Praça Tahrir, no Cairo, matando ao menos três pessoas, de acordo com agências de notícia internacionais. O subsecretário de Saúde, Adel Adaui, afirmou que 201 ficaram feridas no domingo (18) e a estimativa é de que dez pessoas tenham morrido e mais de 500 tenham sofrido ferimentos nos últimos quatro dias.

Manifestante ferido na Praça Tahrir recebe ajuda durante confrontos com o exército / Foto: Efe

Desde sexta-feira (16) a violência contra os manifestantes cresceu, após o exército atacar um acampamento montado na célebre praça na capital egípcia. Os protestos são contra o atual governo e exigem a saída do Conselho Supremo das Forças Armadas e a entrega do poder aos civis.

O exército mandou aos tribunais 164 pessoas, entre as quais nove mulheres e menores, detidos por suspeita de envolvimento nos confrontos. Enfrentamentos similares haviam ocorrido principalmente no Cairo, dias antes do início, em 28 de novembro, das primeiras eleições legislativas desde a queda de Hosni Mubarak. Na ocasião, 42 pessoas morreram.

Os ataques do exército se concentram ao redor dos bloqueios de arame farpado instalados pelas forças de segurança em uma rua vizinha a uma grande avenida que leva à praça Tahrir, epicentro dos protestos. A avenida está interrompida desde sábado (17) por um muro de cimento para impedir que os manifestantes se aproximem dos centros de poder, próximos da praça.

Ao redor da praça Tahrir, os manifestantes exibiam a primeira página de um jornal, que publicou a foto de uma manifestante com véu e que aparecia no chão com o tronco nu, sendo arrastada e agredida por soldados. A foto, assim como outras que mostram militares fazendo gestos obscenos para os manifestantes ou exibindo suas armas, circulavam intensamente pelas redes sociais.

Fonte: Opera Mundi