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Confrontos no Egito têm 10 mortos e 500 feridos

Dez pessoas morreram, quase 500 ficaram feridas e mais de uma centena foram detidas em três dias de confrontos entre manifestantes civis, polícia e militares no centro do Cairo, a capital egípcia. O clima de violência instalou-se na cidade. Manifestantes se opõem à liderança militar, no poder desde a saída do presidente Hosni Mubarak.

Os confrontos têm ocorrido perto da Praça Tahrir, centro do movimento popular. Fontes informaram que foram detidas 181 pessoas em flagrante, pegas com coquetéis molotov, atacando as forças policiais e militares e assaltando edifícios governamentais.

A agência de notícias estatal egípcia Mena informou que 164 pessoas foram acusadas e levadas a um tribunal por participação em ataques contra membros das Forças Armadas e da polícia e por resistência às autoridades. Manifestantes civis e forças policiais trocam acusações de instigar a violência, a brutalidade e o vandalismo.

Esses são os confrontos mais graves registrados desde os poucos dias antes de 28 de novembro, data em que começaram as primeiras eleições legislativas no país desde a queda de Mubarak, quando houve 42 mortos, a maioria no Cairo.

O primeiro-ministro, Kamal al-Ganzuri, disse que está em curso uma "contrarrevolução", que não é feita pelos “jovens da revolução”, e assegurou que "nem o Exército nem a polícia abriram fogo" contra os manifestantes.

Os ativistas reclamam o fim do poder militar, enquanto prossegue a segunda fase das eleições legislativas. A primeira fase, realizada em um terço do país, deu 65% dos votos aos partidos islâmicos, dos quais 36% para a Irmandade Muçulmana e 24% para os fundamentalistas salafitas.

Com Agência Brasil