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Com 37 mil armas recolhidas, Campanha é renovada até 2012

O Ministério da Justiça assinou com o Banco do Brasil, nesta terça-feira (27), a renovação da parceria para o pagamento das indenizações por entrega de armas na Campanha Nacional do Desarmamento – Tire uma arma do futuro do Brasil. Os benefícios da mobilização realizada em 2011 serão estendidos, pelo menos, até o fim de 2012. Na ocasião foi feito um balanço da entrega de armas até agora pelo país.

A uma semana do fim do ano, a campanha recolheu 36.834 armas e 150.965 munições. No total, foram pagos R$ 3,5 milhões em indenizações pelos armamentos. Cada artefato entregue faz jus a um valor de R$ 100, R$ 200 ou R$ 300, a depender do tipo. Os revólveres lideram a lista dos tipos de armas entregues, com mais de 18 mil unidades. Pouco mais de 20% do total são de grande porte, entre eles 95 fuzis.

Na opinião do secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, o número de armas de grande porte recolhidas se deve a uma das novidades da campanha deste ano – o anonimato para quem faz a entrega. Com a renovação para 2012, essa característica continua, assim como a agilidade no pagamento da indenização, que pode ser sacada após 24 horas e em até 30 dias; a ampliação da rede de recolhimento de armas; e a inutilização imediata do artefato.

Custo social

Segundo pesquisa do Ibope, a população brasileira se refere à falta de segurança como um dos principais problemas sociais. Ela, conforme destaca Luiz Paulo Barreto, tem um custo social e econômico para o país. Foram 35 mil brasileiros mortos por arma de fogo em 2010.

As mortes no país que ocorrem em brigas de bar ou no trânsito ainda são frequentes. Além disso, armas em poder de cidadãos podem ser roubadas e desviadas para o crime. “A arma não é um instrumento de defesa, mas de ataque”, alerta.

Até agora, 24 estados e o Distrito Federal já aderiram à Campanha Nacional, ficando responsáveis por ampliar a rede de coleta. Atualmente, já são 1.886 postos em todas as unidades da federação, localizados em batalhões das Polícias Militar, Civil e Federal, além das Guardas Municipais e Corpo de Bombeiros.

São Paulo (com 9.994), Rio Grande do Sul (com 4.599), Rio de Janeiro (com 3.918) e Minas Gerais (com 3.033) são os estados com maior número de entregas. A relação entre o número de entregas e o tamanho da população coloca em destaque a participação de locais com população menor, como é o caso do Acre e do Distrito Federal.

De Brasília
Com informações do Ministério da Justiça