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Embrapa incentiva o consumo de arroz e feijão – o par perfeito

Para manter a tradição da população brasileira no consumo diário de arroz e feijão, considerado o par perfeito, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, está disponibilizando aos produtores as cultivares de arroz BRS Tropical e BRS Jaçanã; e as cultivares de feijão BRS Estilo e Pérola, para a próxima safra.

Embrapa incentiva o consumo de arroz e feijão - o par perfeito

Enquanto sozinhos, o arroz e o feijão, passavam a sensação de que faltava alguma coisa; quando juntos, asseguravam sabor indiscutível e proporcionavam um invejável arranjo de nutrientes. Como em qualquer ‘par perfeito’, os parceiros se completam. O arroz contém metionina e o feijão, lisina – aminoácidos que compõem um importante perfil proteico.

O arroz possui ainda várias vitaminas do complexo B, carboidratos, cálcio e folato (ácido fólico). E o feijão, por sua vez, é rico em proteína, ferro, vitaminas do complexo B e demais minerais fundamentais para o bom funcionamento do organismo.

A parceria também é responsável por manter o equilíbrio no índice glicêmico. Enquanto o arroz pode ocasionar aumento nas taxas de açúcar e insulina, o feijão é responsável por conter esse efeito. A dica é colocar três colheres de arroz para uma de feijão.

De acordo com o Balanço de Oferta e Demanda da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na safra 2010/2011 o Brasil consumiu 12,8 milhões de toneladas de arroz em casca e 3,6 de feijão. Nesse mesmo período a produção foi de 13,6 milhões de toneladas de arroz em casca e 3,8 de feijão. E para que essa diferença, produção menos consumo, continue positiva, a Embrapa disponibiliza para o mercado as cultivares de arroz irrigado tropical com alta potencial produtivo de arroz BRS Tropical e BRS Jaçanã e de feijão BRS Estilo e Pérola. Renovando assim, com pesquisa e tecnologia, a longa história do ‘par perfeito’.

Origem dos grãos

No Brasil, o feijão já existia antes da chegada dos portugueses, apesar de os índios não darem muita atenção a essa leguminosa. Quanto ao arroz, não se sabe ao certo se nas terras brasileiras havia esse cereal antes da chegada dos colonizadores. Mas, foi a partir do século 17, que a “química” na relação desses dois alimentos tomou força e culminou com um casamento duradouro no prato preferencial dos brasileiros.

O arroz é uma planta da família das gramíneas, a mesma do trigo, milho, sorgo, milheto, cevada, entre outras. Esse cereal alimenta mais da metade da população mundial e é atualmente a terceira maior cultura cerealífera do planeta, perdendo apenas para o milho e o trigo, respectivamente.

O arroz pode ter surgido dois mil a.C., na Indochina, ou no vale do Níger, cerca de mil anos a.C. Além de ser utilizado na alimentação, as variedades especiais de Oryza eram usadas como oferendas em cerimônias religiosas na Índia. Mas foi por meio dos comerciantes árabes que ocorreu a grande disseminação desse cereal.

Já o feijão é da família das leguminosas, que compreende a soja, amendoim, ervilha, grão de bico, entre outros. Há evidências que o feijão tenha origem americana. Existem duas hipóteses: teria surgido sete mil anos antes da era cristã, no México; ou que sua origem seja de dez mil anos a.C., no Peru. E tudo indica que as guerras foram as principais responsáveis por sua disseminação.

Fonte: Embrapa