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Em três anos cerca de 900 fábricas são fechadas na França

Perto de 900 indústrias de diversos tipos e tamanhos fecharam na França desde o início da crise global, de 2008 até finais de 2011, informou nesta quarta-feira (28) uma empresa de pesquisas.

O estudo foi realizado pelo centro de análise Trendeo para o jornal especializado em temas econômicos Les Echos.

Segundo os dados, as turbulências financeiras mundiais golpearam de maneira severa a indústria, sobretudo em 2009, quando se anunciou o fechamento de 400 fábricas em todo o país.

A recuperação experimentada em 2010 não conseguiu frear por completo este fenômeno, que viu 285 empresas suspenderem suas atividades. Em 2011, outras 200 fecharam suas portas, assinala a investigação do Trendeo.

Entre os casos mais famosos está a concordata em 2008 da fábrica do gigante produtor de aço ArcelorMittal, na localidade de Gandrange, como parte de um plano da multinacional para enfrentar a crise.

Menciona-se, assim mesmo, o fechamento da fábrica da empresa automotriz estadunidense Molex, perto de Toulouse, levada a cabo em 2009 sob pretexto de "elevados custos de operação".

O setor automobilístico tem sido um dos mais afetados e durante os últimos três anos se perderam cerca de 30 mil empregos devido aos programas de ajuste empreendidos pelas empresas, especifica o estudo.

Outros ramos industriais prejudicados pela crise são o farmacêutico, o agroalimentar, o de alta tecnologia, o químico e o aeronáutico.

O acelerado processo de desindustrialização na França é uma das causas do aumento do desemprego no país, o qual gira em torno de 9,7% entre a população em idade economicamente ativa, destaca a pesquisa.

A firma Trendeo adianta que 2012 será um ano repleto de dificuldades para a indústria devido ao aumento dos custos e a queda no consumo provocada pela crise da dívida em toda a Eurozona.

Fonte: Prensa Latina