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Aviões turcos matam 40 curdos no Iraque

A suposta "guerra ao terrorismo" voltou a ser usada como desculpa para um bombardeio aéreo realizado pela Turquia contra dezenas de curdos no Iraque. O resultado do ataque foi a morte de 40 pessoas que não tinham qualquer relação com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, organização proibida na Turquia.

Quarenta pessoas morreram na madrugada desta quinta-feira (29) em um bombardeio realizado por aviões turcos perto da fronteira com o Iraque, segundo informou o porta-voz da União Patriótica do Curdistão (UPK), Karuan Anuar, no território iraquiano.

Anuar destacou que há muitos menores entre as vítimas, que eram comerciantes que se dirigiam ao Iraque e teriam sido confundidos com guerrilheiros independentistas curdos.

Na Turquia a informação é confusa, já que enquanto alguns meios de comunicação apontam que o objetivo do ataque eram membros do proscrito Partido de Trabalhadores do Curdistão (PKK), outros sugerem que na realidade era um grupo de civis que supostamente praticava contrabando de gasolina entre o Iraque e o Curdistão.

Segundo a agência de notícias privada turca Dogan, aviões não tripulados 'Heron' descobriram um grupo de pessoas na região de Uludere, na fronteira com Iraque, durante a noite da quarta-feira para a quinta-feira, e o Exército de Turquia decidiu atacar com aviões caça F-16.

As autoridades turcas assinalaram que o incidente aconteceu no lado iraquiano da fronteira e anunciaram que emitirão um comunicado quando for concluída a investigação do ataque.

Com informações do Diário Liberdade