Em defesa de Hugo Chávez, Sean Penn critica atriz latina
O ator e ganhador do Oscar, Sean Penn, e a atriz venezuelana María Conchita Alonso trocaram insultos, com direito a palavras como "porca" e "imbecil", em uma discussão sobre o presidente venezuelano, Hugo Chávez, quando os dois atores se encontraram no aeroporto de Los Angeles. Penn é árduo defensor das ideias do presidente da Venezuela.
Publicado 29/12/2011 15:23

Já a atriz de 57 anos, que nasceu em Cuba e foi criada na Venezuela, é uma grande crítica ao governo de Chávez. Enquanto Penn, vencedor do Oscar de melhor ator por Sobre Meninos e Lobos e Milk, já o chamou de "pessoa fascinante" e esteve em Caracas diversas vezes.
Alonso contou à rádio WMAL que no domingo (18), quando estava no Aeroporto Internacional de Los Angeles para esperar a mãe, viu Penn na área de desembarque e decidiu abordá-lo para falar sobre Chávez, porque ela já havia divulgado no passado uma carta aberta criticando o apoio do ator ao presidente venezuelano.
A atriz, de filmes como Moscou em Nova York (1984) e O Sobrevivente (1987), relatou que Sean Penn a reconheceu e disse: "Ah, é você (…) Não quero falar com você, você fala mal de mim".
"Não, eu apenas digo a verdade. Que você é amigo de Chávez e diz que ele é um bom homem e isto é mentira. Como pode fazer isto?", acusou a atriz.
Penn aproveitou a ocasião e devolveu a acusação fazendo outra sobre o irmão da atriz, de ter participado do golpe de Estado que afastou por alguns dias Chávez do poder em 2002. Segundo Alonso isso é falso.
"O tom começou a subir", continou a atriz em seu relato, que acusou Penn de apoiar também o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, o que ele negou com veemência, ainda de acordo com as palavras de Alonso.
Comunista
"Você é uma porca", disse o ator. "E você é um comunista, Sean Penn!", teria respondido ela. "Da segunda vez que o chamei de comunista, disse 'você é um comunista imbecil'", admitiu a atriz.
A atriz latina pediu desculpas por ter ofendido Penn de maneira tão violenta, mas não parou de chamar o colega de comunista, como se fosse uma ofensa. "Mas não me desculpo por tê-lo chamado de comunista, porque isto é o que ele é".
Fonte: AFP