Bahia avança no fomento à produção de artesanato
Ao longo de 2011, mais de 1,4 mil artesãos baianos foram beneficiados com ações de capacitação promovidas pelo Instituto Mauá; órgão oficial de fomento ao artesanato na Bahia. Foram mais de 70 oficinas de qualificação em 30 cidades, com foco em design de produtos, associativismo, gestão de negócios e formação de preço; entre outros temas. Outras 15 localidades tiveram a sua produção incrementada com a entrega de equipamentos e reforma dos espaços de trabalho.
Publicado 09/01/2012 11:31 | Editado 04/03/2020 16:18
Em Salvador, o Mauá promoveu cursos de qualificação artesanal em parceria com o Programa do Artesanato Brasileiro – PAB, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. “Diante de um mercado cada vez mais competitivo, é fundamental que o artesão desenvolva habilidades, competências e atitudes que resultem num efetivo aumento da produtividade e qualidade dos seus produtos”, destacou a diretora geral do Mauá, Emília Almeida. O órgão atua junto aos seus mais de 9,6 mil artesãos cadastrados, colocando a Bahia como um dos líderes no ranking nacional do Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro – SICAB.
Gratuito, o cadastro dá direito à Carteira do Artesão que, entre outros benefícios, garante isenção de 17% no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre as vendas das peças. Todos os artesãos cadastrados no Mauá também têm direito a participar das feiras e eventos promovidos pelo Instituto, a exemplo da Feira Baiana de Artesanato (FBA). No ano passado, em seis edições, de setembro a dezembro, a FBA movimentou em torno de R$ 182 mil, gerando renda para mais de 480 artesãos de Salvador e interior.
Divulgação e comercialização
Os artesãos ainda tiveram a oportunidade de negociar suas peças diretamente com empresários de diversos estados brasileiros em mais uma edição da Rodada de Negócios. Fruto da parceria entre o Instituto Mauá e o Sebrae/BA, a Rodada reuniu 27 empresas e 29 artesãos, entre associações, cooperativas e empreendedores individuais, durante dois dias dedicados à comercialização. “Faz muita diferença, porque nós entramos em contato com o lojista, sem ter mais o atravessador. Então, a gente vê o gosto do lojista, que lida diretamente com o consumidor e passa pra gente muita idéia do que o mercado está precisando”, destacou a artesã Josélia Maria dos Santos, da Associação de Cultura e Arte – Cultuarte, que, durante a Rodada, garantiu encomendas para São Paulo, Brasília, Rio Grande do Norte e Alagoas.
E, além de alcançar diversos outros estados, a legítima produção baiana foi promovida em escala internacional graças à participação do Mauá em eventos de grande porte, como a Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), considerada a maior feira de artesanato da América Latina; o Rio Fashion Business, tida como a maior bolsa latino-americana de negócios de moda; a Feira Internacional de Artesanato, Arte, Cultura e Turismo (Export); a Feira Nacional de Artesanato, o Salão do Turismo e a CasaCor; entre outros. “É a oportunidade de promover o nosso artesanato e expandir os canais de comercialização”, afirmou Emília Almeida. “Para este ano, a nossa expectativa é de ampliar ainda mais o escoamento da produção, de forma a gerar mais trabalho e renda para os milhares de baianos que se dedicam ao ofício artesanal”, arrematou a diretora-geral do Instituto Mauá.
Fonte: Ascom do Instituto Mauá.