Ataque ao Irã na agenda secreta dos EUA
Os esforços nos bastidores por parte dos EUA indicam que Washington acredita que a chamada ameaça nuclear do Irã só será eliminada por meio de uma guerra, afirma analista político.
Publicado 10/01/2012 09:55
"Claramente, as sanções são a única ferramenta disponível nas mãos de Washington, mas os esforços por trás da cena estão sendo feitos para mostrar que as sanções não podem sufocar a ameaça a longo prazo e que a ameaça do chamado Irã nuclear só será removida por meio de uma guerra ", escreveu o especialista em Oriente Médio Ismail Salami.
Ele explicou ainda que a Casa Branca criou a atmosfera de que o Irã é uma ameaça global, mesmo sem ter um programa de armas nucleares.
Para os países ocidentais, "o Irã é essencialmente visto como uma ameaça, com ou sem programa de armas nucleares já que foram incorporados nesta forma doente de pensar", disse Salami.
"Este é um ponto que o Irã captou bem e o exercício militar de 10 dias no estratégico Estreito de Ormuz deve ser tomado como uma mensagem para os fomentadores da guerra de que a ameaça é a única resposta à ameaça", disse Salami.
Wahington e Tel Aviv têm repetidamente ameaçado Teerã com a "opção" de um ataque militar, com base na acusação de que o trabalho nuclear do Irã pode consistir em um encoberto aspecto militar.
O Irã argumenta que tem o direito de desenvolver e adquirir tecnologia nuclear para fins pacíficos como signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear da Agência Internacional de
Energia Atômica.
Em dezembro, a Força Naval do Irã iniciou exercícios militares de 10 dias no Estreito de Ormuz para mostrar que o país está pronto para defender-se contra qualquer intervenção militar.
Fonte: CubaDebate