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MST vai ocupar outras prefeituras por melhorias na Educação

Chega a 18 o número de prefeituras ocupadas na Bahia pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A ideia, segundo o movimento, é chegar a 25 ações em todo estado. Desde o dia 10, o MST vem ocupando sedes das administrações municipais para reivindicar melhorias nas escolas da zona rural em assentamentos de Reforma Agrária do MST. A Jornada Estadual em Defesa da Educação também exige melhor atendimento médico e odontológico aos assentados.

Hoje (16), as prefeituras das cidades baianas de Barra do Choça, Itamaraju, Riachão das Neves e Iguaí foram ocupadas por agricultores. do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) nesta segunda-feira (16), como parte das manifestações da Jornada Estadual em Defesa da
Educação dentro dos Assentamentos de Reforma Agrária.

Não é a primeira vez que o movimento faz esse tipo de ocupação. Em 2010, seis prefeituras chegaram a ser alvos de ações. Segundo Evanildo Costa, da direção estadual do MST, depois da mobilização 30 prefeituras firmaram acordos de melhorias com o movimento.

“Mas pouco se concretizou. Nem mesmo itens básicos como a colocação de mesa para professor e quadro negro não foram feitos. Por isso, decidimos ampliar a mobilização, porque só assim conquistamos o que é nosso por direito”, disse o coordenador estadual do MST ao Vermelho. Ele lembrou que o mês de janeiro foi escolhido já que antecede o início das aulas e, assim, forçar os municípios a tomar providências antes do início do ano letivo.

Evanildo faz um balanço positivo das ações. Segundo ele, todas as prefeituras ocupadas foram receptivas e firmaram acordos com o movimento. Portanto, foram desocupadas.

“Em Itamaraju, que tem 70 mil habitantes, a situação é bastante precária no posto de saúde. Há uma clínica boa, mas não tem médico para atender, muito menos dentista”, comentou Evanildo Costa.

Os principais problemas nas escolas citados pela liderança estadual são salas superlotadas, falta de mesas, cadeiras e material escolar de maneira geral, transporte escolar irregular e até fechamento de escola. Na região Extremo Sul da Bahia, onde está concentrada grande parte dos acampamentos e assentamentos do MST, há 36 escolas em funcionamento, sendo seis do Ensino Médio e outras da pré-escola ao Ensino Fundamental, com 250 educadores atuando.

“ Estamos reivindicando qualificação no ensino e que nossas crianças tenham transporte decente. Muitas delas se arriscam em carros velhos, irregulares ou chegam a andar 15 quilômetros a pé para chegar até a escola. Tem casos em que tentaram fechar uma escola de um assentamento, mas não deixamos”, contou Evanildo. Ele não soube precisar quantas crianças freqüentam a escola naquela região, mas disse que as escolas chegam a ter 400 alunos matriculados. Ele também garantiu que nenhuma criança e adolescente daqueles assentamentos está fora da sala de aula.

Também foram ocupadas sedes municipais das regiões Sul, Baixo Sul, Sudoeste, Oeste, Nordeste, Norte e Recôncavo Baiano. Confira abaixo a relação das prefeituras ocupadas:

Barra do Choça
Itamaraju
Riachão das Neves
Iguaí
Camamu
Igrapiuna
Prado
Itabela
Queimadas
Santa Brígida
Rodelas
Curaçá
Itajuípe
Santa Amaro
Mucuri
Arataca
Carihanha
Juazeiro
 

de São Paulo
Deborah Moreira