Pressionando por sanções ao Irã, EUA colocam Seul em saia justa
Os Estados Unidos colocaram a Coreia do Sul em uma situação difícil, nesta terça (17) ao pedir-lhe que reduza suas importações de petróleo do Irã, do qual este país adquire 10% de seu consumo do óleo cru.
Publicado 17/01/2012 11:39
A solicitação foi feita por Robert Einhorn, assessor especial do Departamento de Estado, em encontro com o vice-ministro de Relações Exteriores Kim Jae-Shin.
O enviado do presidente Barack Obama viajou a Seul com a missão de conquistar o seu apoio às novas sanções promovidas pelos Estados Unidos contra a nação persa, acusada pelo Ocidente de desenvolver um programa nuclear com fins militares e cujo caráter pacífico Teerã defende.
Einhorn reiterou a seu interlocutor a mensagem transmitida por seu governo a outros: estamos pedindo a todos os nossos sócios que reduzam suas compras de cru e suas transações financeiras com o Banco Central do Irã.
Ainda que tenha ratificado o compromisso de respaldar as medidas contra esse último, a parte anfitriã expressou preocupação quanto aos efeitos do proposto corte na economia sul-coreana.
Segundo informações, em 2010, as compras de petróleo iraniano representaram 8,3% do total adquirido por este país, taxa que se elevou a 9,6% nos primeiros 11 meses do ano passado.
Recentemente o secretário estadunidense do Tesouro, Timothy Geithner, cumpriu igual missão no Japão, também em uma situação difícil pela dependência desse país das importações de petróleo, parte das quais lhe chega do Irã.
A isso se soma sua realidade energética depois da crise na central nuclear de Fukushima-1, provocada pelo terremoto e tsunami de março do ano passado.
Geithner esteve antes na China, onde os anfitriões reiteraram a rejeição às sanções ao defender o diálogo e a negociação no mencionado diferendo.
Fonte: Prensa Latina