Sem categoria

Chanceler iraniano critica intromissão dos EUA no golfo Pérsico

O ministro de Relações Exteriores iraniano, Ali Akbar Salihi, criticou, nesta quinta-feira (19), os Estados Unidos, que, "a milhares de quilômetros de distância, tentam dirigir os países da região do Golfo Pérsico".

Em entrevista exclusiva com o canal turco NTV, Sahili chamou as nações da região a evitar colocarem-se em uma posição perigosa ao permitir interferência em suas políticas.

Além disso, destacou que a região não precisa dos Estados Unidos para garantir a segurança do estreito de Ormuz.

O Irã efetua suas exportações através desta via. Damos uma extrema importância à segurança no Golfo Pérsico, portanto, ninguém mais deveria se preocupar com isso, comentou o ministro, que chegou ontem à Turquia em visita de trabalho.

Por outro lado, Salihi afirmou que seu país está pronto para retomar as negociações sobre seu programa nuclear, mas sem condições prévias, agregou.

“Conhecemos a dupla moral de Washington. A estratégia do porrete e do pão não funciona no caso do Irã”, sublinhou o diplomata, que também recordou uma recente carta enviada a Teerã pelo presidente estadunidense, Barack Obama, cujo texto ainda não foi divulgado.

Sobre as sanções da Casa Branca e da União Europeia, o chanceler disse que seu país está acostumado a tais ameaças. As usamos como oportunidade para nos manter com nosso próprio esforço, reforçou.

De seu lado, o ministro de Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu, afirmou que as partes envolvidas em retomar negociações sobre o programa nuclear iraniano estão prontas, o que poderia aliviar a atual crise, apontou.

Ainda devem ser acordados data e lugar para estas reuniões, disse Davutoglu em uma coletiva de imprensa conjunta com seu homólogo iraniano.

O programa iraniano mesmo tendo como objetivo o desenvolvimento de energia atômica com fins pacíficos, desatou uma série de sanções econômicas por parte dos Estados Unidos, do Conselho de Segurança da ONU e da União Europeia.

A nação islâmica é acusada de promover instalações para produzir armas atômicas, acusações negadas pelo governo iraniano em todas as situações.

Fonte: Prensa Latina