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Chile: Comunidade mapuche sofre invasão violenta 

Representantes indíginas denunciaram, através da redes sociais, que a polícia chilena invadiu novamente, e de forma violenta, a comunidade mapuche da Araucanía. Segundo informações da Rádio Cooperativa do Chile, os carabineiros (policiais) fizeram uso de armas de "grosso calibre" na comunidade mapuche de José Guiñón, do município de Ercilla. 

A emissora local acrescentou que os policiais chegaram na noite de segunda-feira (23) em blindados e caminhões e se mantiveram até a madrugada desta terça-feira (24). Além disso, foram feitos "muitos disparos" na região.

"Carabineiros estão acostumados a invadir os assentamentos indígenas à noite e na madrugada para provocar situações de pânico e terror", denunciou através do Twitter o comunicador mapuche Richard Curinao.

De acordo com informações do lonko (porta-voz) mapuche Juan Levipán, na semana passada a comunidade José Guiñón sofreu uma invasão parecida, na qual usaram gases lacrimogêneos. Na ocasião, Carabineiros admitiram a incursão policial na área e inclusive a detenção de um comuneiro mapuche, mas negou ter usado bombas de gás lacrimogêneo.

Na opinião do sacerdote jesuíta Pablo Castro, é monstruosa a postura das Forças Especiais de Carabineiros do Chile nas comunidades mapuches do país.

Há um claro uso abusivo dos instrumentos policiais que afeta mulheres e crianças completamente inocentes, apontou o religioso chileno.

Insistiu em que há uma desproporção no uso da força contra as comunidades dos povos originários, sobretudo as situadas na região da Araucanía.

Fonte: Prensa Latina