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Palestinos e israelenses tentam retomar diálogo esta tarde

Representantes palestinos e israelenses realizarão nesta tarde sua sexta reunião em Amã, uma última tentativa do Quarteto para o Oriente Médio e da Jordânia para reativar o processo de paz estagnado desde setembro de 2009.

Os encontros acontecem de forma intensa na capital jordaniana a poucos dias de expirar o prazo fixado pelo Quarteto (Estados Unidos, Rússia, União Europeia e Organização das Nações Unidas), na próxima quinta-feira, para que as partes apresentem suas propostas sobre dois dos principais assuntos que devem resolver: segurança e fronteiras.

A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) apresentou no dia 26 de outubro sua posição sobre estes dois assuntos, que também foi exposta à equipe negociadora israelense liderada por Izhak Moljo no primeiro encontro direto que tiveram em Amã no dia 3 de janeiro.

Fontes palestinas em Ramala disseram nesta terça-feira à Agência Efe que por enquanto os israelenses não apresentaram nenhum documento que fixe suas posturas, com exceção de "uma página que não contém nenhuma proposta e não merece sequer discussão".

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, que se encontra de viagem oficial em Moscou, declarou no domingo que a resposta israelense às propostas palestinas em fronteiras e segurança "não tem nenhum valor".

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou previamente no Parlamento que tinha entregado um documento de 21 pontos com o qual "todos estariam de acordo".

Israel insiste em reiniciar o processo de paz, mas os palestinos reiteram sua decisão de não
voltar a sentar na mesa de negociação enquanto não haja um fim total do crescimento das colônias judias nos territórios ocupados da Cisjordânia e Jerusalém Oriental.

Na verdade, eles insistem em deixar claro que os encontros que estão realizando em Amã, o último deles na segunda-feira, não fazem parte de um processo negociador. De acordo com os palestinos, Israel já deu provas de que não está disposta a ceder, na medida em que continua a construir assentamentos e provocar seu povo. A Autoridade Palestina decidiu então atuar por outra via, buscando o reconhecimento de seu Estado na ONu e em órgão ligados às Nações Unidas.

A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, inicia nesta terça-feira uma viagem de três dias a Israel e aos territórios palestinos ocupados no qual tentará convencer as partes que deem uma oportunidade ao diálogo de paz.

Com Efe