Prefeitura do PCdoB é referência no combate à dengue

 

A prefeitura de Lassance dirigida pelo prefeito, membro do PCdoB, Idson Fernandes Brito, se tornou referência no combate à dengue. Mais um exemplo positivo da presença dos comunistas a frente de uma administração municipal. Leia a matéria publicada no portal Uai.

Isolar 'dengoso'é boa ideia
Iniciativa simples e barata em Lassance, no Norte de Minas, protege pessoa picada pelo Aedes aegypti com repelente e mosquiteiro, quebrando ciclo do vetor Luciane Evans – Estado de Minas

Todo início de ano a história se repete: aparecem novos casos de dengue, os hospitais ficam lotados, agentes vão de casa em casa e o alarde para uma epidemia entra em cena. Mas este ano Lassance, cidade no Norte de Minas, a 280 quilômetros de Belo Horizonte, mudou esse cenário. Diante do quadro preocupante de 2008, quando 2,5 mil pessoas foram contaminadas pelo mosquito Aedes aegypti, o município resolveu alterar o foco no combate ao vetor. Desde janeiro, implantou um projeto que isola e protege quem já está enfermo, para que o mosquito não seja contaminado e alastre a doença para outras pessoas. A ideia deu tão certo que começa a ser difundida em outras cidades mineiras e será apresentada em Brasília para que abranja todo o país. Em dois meses e seis dias, a cidade tem apenas dois casos confirmados da doença.

Implantada em janeiro, com investimento de apenas R$ 500, a iniciativa, segundo uma das coordenadoras, Karine Mota Xavier, tem como objetivo proteger ao máximo o paciente da dengue. Para isso, quando uma pessoa apresenta os sintomas da doença, são feitos exames e, caso haja a suspeita, ela volta para casa e recebe visitas de agentes comunitários de saúde e de zoonose, além de enfermeiros. A equipe, que é do Programa Saúde da Família (PSF), além de vistoriar a residência, entrega um kit de proteção ao paciente composto por repelente elétrico e mosquiteiros.

'“Para que esse paciente não contamine outro mosquito, já que o inseto é o vetor, ele é isolado, ficando até cinco dias sob a proteção do mosquiteiro e do repelente”, explica Karine. Segundo ela, é no período em que a pessoa doente tem febre alta que o Aedes aegypti se contamina, depois de picá-la. “Até mesmo para sair de casa, pedimos que se usem blusas de mangas longas e calças”, ressalta, enfatizando que os outros moradores da residência também são examinados. “Jogamos o fumacê no quintal e também em todo o quarteirão”, acrescenta.

Um dos termômetros que indicam o sucesso da medida é o número de casos de doentes em dois meses e seis dias deste ano: somente duas pessoas. O projeto teve ponto de partida na forma de transmissão da dengue: o Aedes, depois de picar uma pessoa contaminada, pode carregar o vírus de 10 a 14 dias. “Quando a fêmea infectada pica outra pessoa, o vírus é injetado, tornando a vítima também doente. Assim, a doença vai se espalhando”, explica o médico e prefeito de Lassance, Idson Fernandes Brito (PSDB). Segundo ele, o trabalho de eliminação de criadouros não surtia mais efeito. “Por isso, era necessário que elaborássemos com urgência uma nova estratégia, diferente das desenvolvidas. E conseguimos uma estratégia simples, de baixo custo, sem afetar o meio ambiente e interrompendo o ciclo de vida do vírus”, ressalta Brito.

Estudo

Como o projeto piloto trouxe bons resultados ao município, no mês passado os coordenadores da medida apresentaram a ideia aos secretários de Saúde de Belo Horizonte e da região metropolitana. Para que a experiência em Lassance pudesse ser implantada em outras cidades, foi pedido ao grupo um estudo científico que abranja uma população maior, para constatar a eficácia da iniciativa.

Numa escolha aleatória, foram selecionadas cinco microrregiões: Curvelo, na Região Central; Pirapora, no Norte de Minas; Ipatinga, no Vale do Aço; Uberlândia, no Triângulo; e Juiz de Fora, na Zona da Mata. Além dessas cidades, municípios próximos foram escolhidos, num total de até 40 equipes de PSF, por região. “Totalizaremos cerca de 200 equipes de PSF para o estudo. Cada uma é responsável, em média, por 4 mil habitantes, gerando uma amostra de 800 mil habitantes”, explica Idson Brito.

Segundo ele, para o estudo, o grupo contará com ajuda da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG.) Em um segundo momento, ainda este ano, o projeto será levado ao Ministério da Saúde para que possa ser divulgado em todo o país. “É uma mudança de foco. Somente matando o mosquito não há eficácia, é preciso eliminá-lo, protegendo aqueles que o contaminam: os doentes”, diz o prefeito. Fonte: http://www.uai.com.br Fonte: Secretaria de Epidemiologia de Lassance, SINAN, 2011