Egípcios fazem vigília até que militares deixem o poder
Após a comemoração do primeiro aniversário da revolução que derrubou o ex-presidente do Egito Hosni Mubarak, em fevereiro do ano passado, centenas de egípcios seguiram acampados na Praça Tahrir nesta quinta-feira (26/01). Os manifestantes exigem que a Junta Militar, que assumiu o poder após a queda de Mubarak, transfira o governo a uma autoridade civil imediatamente.
Publicado 26/01/2012 10:27
De acordo com a Agência Efe, dezenas de tendas foram montadas nas laterais e no centro da Praça, um dos principais símbolos da revolução que fez parte da chamada Primavera Árabe.
Os egípcios comemoraram nesta quarta-feira (25) o primeiro aniversário da revolta. Milhares de pessoas saíram às ruas para festejar, mas aproveitaram a oportunidade também para protestar contra os militares no poder.
Ainda na quarta-feira, a Junta Militar defendeu-se das críticas e prometeu que deixará o poder no próximo dia 30 de junho. Antes disso, no entanto, segundo os militares, será necessário realizar eleições para a Câmara Alta do Parlamento e também a escolha do novo presidente, além da redação de uma nova Constituição para o país.
Por meio de um comunicado, os militares afirmaram que “sempre” apoiaram a revolução. Ainda segundo eles, a revolta “triunfou em erradicar a injustiça e a repressão” que atingia o país.
Apesar das declarações da Junta Militar, a União de Jovens da Revolução – que representa oito partidos e nove movimentos políticos – fez duras críticas aos militares no poder.
Em nota divulgada nesta quinta-feira, o grupo afirmou que a “situação vai de mal a pior, o que significa que depois de um ano a revolução acabou com Mubarak, mas não com seu regime”, declarou.
A União de Jovens disse ainda que manterá o acampamento na Praça Tahrir para a revolução possa continuar, com uma verdadeira mudança no país. Até o momento, a polícia não marcou presença na Praça.
Fonte: Opera Mundi