Cuba responde à mídia, que transforma criminosos em mártires
O embaixador de Cuba na Colômbia, Iván Mora, refutou um recente editorial do El Heraldo de Barranquilla, Atlântico, por manipular e repetir mentiras contra seu país. Em uma carta enviada a Ernesto McCausaland, diretor desse jornal, Mora sustenta o assombro e indignação que produz o comentário intitulado "O novo mártir cubano".
Publicado 27/01/2012 11:49
"Assombro porque supostamente um diário que se respeite deve ser cuidadoso de não repetir mentiras e informações falsas", expressa. O diplomata recorda que verificar a realidade da informação que se publica, ainda mais como editorial, é um dever mínimo de qualquer meio de comunicação responsável.
No comunicado, Mora esclarece que o cidadão cubano falecido não é um mártir como se pretende fazer acreditar, mas sim um vulgar delinquente cuja tamanha façanha foi bater na sua esposa.
"Pobre moral a deste meio de informação (El Heraldo) que precisa criar mártires dessa qualidade de homens", assinala.
Pelo contrário, o embaixador sublinha que mártires são os milhares de cubanos que ofereceram sua vida por causas nobres e justas ao longo de muitos anos defendendo os interesses dos povos e não das oligarquias.
Por sua vez, Mora considera mais triste ainda que dito jornal se considere porta-voz da extrema direita de Miami, que foi suporte de uma ditadura liderada por Fulgencio Batista e apoiada pelos Estados Unidos, que assassinou e torturou mais de 20 mil jovens cubanos.
Em Cuba, diferente de muitos países, a vida de quem pensa diferente é respeitada e, em caso de estar em estado grave de saúde, realizam-se todos os esforços humanos existentes para que a vida seja salva, enfatiza. "Em nosso país pensar diferente não é um delito", acrescentou.
Por outra parte, Mora indica que é pelo menos curioso que o diário não mencione nem denuncie as ações contra as verdadeiras vítimas do povo cubano, causadas pela guerra econômica imposta pelos Estados Unidos há mais de 50 anos.
São mais de três mil cidadãos cubanos que perderam sua vida por ações terroristas e invasões armadas promovidas e realizadas pelos Estados Unidos e são milhares os mutilados e feridos por ações de igual índole, denuncia.
A publicação também não se pronuncia sobre o injusto processo de julgamento e as absurdas penas impostas a cinco jovens cubanos que estavam vivendo em Miami lutando precisamente contra grupos terroristas que, a partir de lá, agem contra Cuba.
"Muito menos falam da solidariedade do povo cubano com outras nações do mundo, inclusive a própria Colômbia", acrescenta.
"A Barranquilla, formosa cidade deste nobre país, chegaram centenas de cubanos que foram recebidos por esse povo como seus próprios filhos. Eles sempre deram o melhor de si para esta pátria que os acolheu", recorda.
"No entanto seu editorial parece ter mais em vista Miami que sua própria terra e menos ainda Cuba, que sempre ajudou seu povo", manifesta.
Fonte: Prensa Latina