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Evo Morales anuncia plano de desenvolvimento para povo guarani

O presidente Evo Morales anunciou neste sábado (29) a implementação de políticas governamentais para acabar com a semi-escravidão do povo guarani, que habita no sudeste e oriente boliviano.

Em um ato de massas de celebração pelos 119 anos do município de Kuruyuki, o chefe de Estado, acompanhado de uma parte de seu gabinete, saudou o respaldo da Assembleua do Povo Guarani (APG) ao processo de mudanças que a Bolívia vive desde 2006.

O chefe de Estado assegurou que o governo garantirá a autonomia, o modelo de desenvolvimento e produção, além da segurança trabalhista para os povos indígenas, a fim de consolidar sua libertação.

Por sua parte, o ministro de Governo, Carlos Romero, defendeu que as comunidades do povo guarani antes de sua emancipação viviam em condições de escravidão, exercida por colonizadores europeus chegados a essa região oriental para fazer fortuna com a exploração da borracha.

Esses colonizadores perseguiam os indígenas e os caçavam como animais para escravizá-los, recordou.

Romero apontou que vários historiadores coincidem em que esse processo migratório e a escravização dos indígenas de terras baixas é equivalente à colonização espanhola na zona andina.

Em sua opinião, a verdadeira conquista econômica e submissão política se produziu nessa época, e posteriormente na década de 1990 o povo guarani viu com expectativa a implementação da participação popular.

Romero afirmou que em 1995 havia comunidades prisioneiras dentro de fazendas e eram chamadas comunidades em cativeiro.

Por isso, o governo, em coordenação com a APG, traçou um plano que envolve vários ministérios para dotar de terras as comunidades guaranis, enfatizou.

O ministro precisou que o plano se realizou com o financiamento do Fundo Indígena as regalias provenientes da venda de petróleo.

Prensa Latina