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Negromonte deve oficializar ainda hoje renúncia do ministério

O ministro das Cidades, Mário Negromonte, já redigiu sua carta de demissão. Ele a entregaria para a presidente Dilma Rousseff na manhã desta quinta-feira (2). Porém, alegando cansaço das viagens internacionais que fez, Dilma adiou o encontro. Segundo interlocutores, Negromonte aguarda ser chamado a qualquer momento pela presidente.

Desde o início da semana, comenta-se no meio político e na imprensa que essa decisão já estava tomada e já comunicada a presidente. Teria acontecido na segunda-feira (30), em visita de Dilma a Salvador, antes de embarcar para Cuba. A amigos, o ministro já havia dito que "não aguentava mais o tiroteio".

O site do jornal O Globo informou que teve acesso ao conteúdo da carta de demissão. Segundo o site, o ministro agradece a presidente e diz ser um aliado de primeira hora e será sempre fiel. Negromonte também comentou sobre os problemas políticos que tem enfrentado e a “batalha na mídia”, mas reforça que não foi comprovado nada contra ele e, por este motivo, tem a confiança do seu partido e do governo.

Volta para a Câmara

Deputado federal pelo PP da Bahia, Negromonte anuncia que volta a Câmara, onde diz na carta que a presidente sempre poderá contar com ele no que se refere aos projetos de desenvolvimento social do país. Ele reforça ainda que sempre cumpriu os programas da pasta dentro do orçamento, em uma tentativa de rebater as críticas à sua gestão na pasta.

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse nesta quinta-feira que o PP manterá seu espaço na Esplanada dos Ministérios, caso se confirme a saída de Negromonte. Ele afirmou que a vaga do PP no primeiro escalão do governo Dilma está assegurada.

“Se ele apresentar a demissão, a presidenta vai naturalmente consultar o partido e buscar um quadro para esse ministério ou para outro que ela julgar necessário, mas o PP continuará no Ministério. Isso é muito claro e tranquilo para nós”, disse Carvalho, após participar do programa de rádio "Bom-dia, ministro", na sede da Empresa Brasil de Comunicação.

Negromonte teria comunicado sua decisão ao presidente do partido, senador Francisco Dornelles (RJ), com quem tomou café da manhã nesta quinta-feira. Dornelles vai tratar com o Planalto da substituição no comando o ministério.

Gilberto Carvalho afirmou que a indicação do sucessor de Negromonte será tarefa da presidente Dilma, “o Brasil não é um parlamentarismo. Os ministérios respondem à presidenta e a nomeação dos ministros é de competência exclusiva da presidenta, que naturalmente consulta os partidos”.

Com agências