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Diretor de prisão do Khmer Vermelho é condenado à prisão perpétua

O diretor da prisão de Phnom Penh durante o regime do Khmer Vermelho, no Camboja, Kaing Guek Eav, foi condenado nesta sexta (3) à prisão perpétua pela tortura e morte de cerca de 15 mil pessoas, nos anos 1970. Conhecido por Camarada Duch, Kaing Guek Eav, já havia sido condenado a 35 anos de prisão em 2010, mas apelou da sentença.

A Justiça, que tem apoio das Nações Unidas, rejeitou os argumentos de Duch e aceitou pedido da acusação por uma sentença mais longa. O Khmer Vermelho foi o nome dado aos seguidores do Partido Comunista do Camboja – que comandou o Camboja de 1975 a 1979.

O grupo seguiu na direção contrária da tradição comunista. Os movimentos revolucionários sob a direção dos partidos comunistas que chegaram ao poder no sudeste asiático pautaram sua atuação pela linha de massas e pela construção da democracia popular, diferentemente do Khmer Vermelho. No Camboja, há denúncias de crimes contra a humanidade e violação de direitos humanos envolvendo vários dirigentes.

Nos relatos, há acusações de assassinatos, torturas e prisões arbitrárias, além de discriminação racial praticadas por integrantes do Khmer Vermelho. Em 1981, o Partido Comunista foi dissolvido e substituído pelo Partido do Camboja Democrático.

O prédio da prisão comandada por Duch virou o Museu do Genocídio Tuol Sleng. Durante a gestão do Khmer Vermelho, estimam-se que aproximadamente 17 mil pessoas passaram pelo centro antes de serem levadas para os campos de extermínio. O número exato de mortes não é preciso. Alguns estudos estimam entre 740 mil e 3 milhões.

Com Agência Brasil