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PM confirma: um terço do efetivo está de greve na BA

O comandante-geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Alfredo Castro, confirmou nesta sexta-feira (3) que 10 mil PMs aderiram a greve liderada pela Associação dos Policiais, Bombeiros e seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra-BA). Esse número representa um terço do efetivo da coorporação. Os policiais reivindicam um plano de carreira, melhores salários e condições de trabalho, entre outras coisas.

O comandante estava reunido na manhã desta sexta com representantes das outras associações de policiais na tentativa de chegar a uma solução para interromper a greve iniciada no último dia 31.

O secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, voltou a afirmar nesta manhã, que não vai dialogar com os grevistas. Na Assembleia Legislativa da Bahia, onde os policiais grevistas estão acampados, o clima é de tranquilidade, já que a manifestação é pacífica. Três viaturas da Polícia Militar (PM) impedem o acesso ao pátio onde os policiais e suas famílias estão acampados.

De acordo com informações, a categoria reivindica reajuste de 17%, passando por incorporações de gratificação ao soldo (remuneração), regulamentação do pagamento de auxílio acidente, periculosidade e insalubridade. Atualmente, um soldado recebe R$ 2.300.

Reforço na segurança

Um grupo de 150 homens da Força Nacional de Segurança já está em Salvador para ajudar na segurança pública. Os homens chegaram nesta quinta (2) à noite à capital baiana. A expectativa é que mais 500 militares da Força Nacional e do Exército cheguem à Bahia nas próximas horas para serem enviados ao interior. 

Maurício Barbosa disse ontem (2) que o reforço no policiamento integra um pacote de medidas para a restauração da sensação de segurança. Ele se reuniria hoje com representantes de associações de policiais para discutir o assunto, mas desde ontem afirma que não pretende negociar sob "coação".

O juiz da 6ª Vara da Fazenda Pública, Ruy Eduardo Almeida Brito, considerou ilegal o movimento grevista.  O procurador-geral do estado, Ruy Moraes, disse que, se a Aspra não suspender o movimento, será cobrada multa de R$ 80 mil por dia de paralisação. A decisão judicial está em vigor e foi comunicada ontem à associação, que deve recorrer.

Com agências