México define candiatos à presidência
Os candidatos presidenciais que disputarão as eleições do próximo 1 de julho no México já testão definidos: Andrés Manuel López Obrador, Enrique Peña Nieto e Josefina Vázquez Mota.
Publicado 06/02/2012 11:01
Vázquez Mota foi destacada neste domingo à noite, após a vitória na disputa interna do Partido Ação Nacional (PAN), na qual, com 86,7% das urnas computadas, obteve 55% dos votos – uma tendência irreversível, segundo informou José Espina, titular da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) do PAN.
A definição dentro do PAN permite delinear o quadro do confronto nas urnas, onde também constarão os nomes de López Obrador, pela esquerda mexicana, e Peña Nieto, pelos partidos Revolucionário Institucional (PRI) e Verde Ecologista (PVEM).
O triunfo de Josefina, prognosticado com antecedência pelas pesquisas, esteve precedido por um período de pré-campanha, no qual ela competiu com o secretário do Governo durante a administração de Vicente Fox (2000-2006), Santiago Creel, e com Ernesto Cordero, secretário da Fazenda até setembro passado. Ambos ficaram muito abaixo das expectativas (Cordero, 38,1% e Creel, 6,1%).
Entre denúncias e acusações, os integrantes do PAN elegeram sua candidata presidencial, que em uma primeira mensagem convocou à unidade e a "percorrer o México",chamando os perdedores Cordero e Creel (este último, em 2006, já havia perdido a prévia para o atual presidente Felipe Calderón).
O chefe do Executivo felicitou Josefina e reconheceu o esforço dos demais pré-candidatos, enquanto que Cordero admitiu a vitória de sua rival através de sua conta de Twitter.
Fecha-se um ciclo no caminho às eleições do México: as três principais forças políticas têm suas cartas sobre a mesa. O Partido da Revolução Democrática (PRD) pôde reunir forças e agregar o Partido do Trabalho (PT) e o Movimento Cidadão em torno de um só candidato, López Obrador.
Enquanto Peña Nieto, pelo PRI, recebeu em setembro a adesão do PVEM lutando para chegar a Los Pinos.
A partir do fim da pré-campanha e até o início da campanha eleitoral, os partidos políticos, coalizões, pré-candidatos e candidatos se absterão de realizar atividades, segundo estabelece o Acordo do Conselho Geral do Instituto Federal Eleitoral.
De 15 a 22 de março, as organizações poderão registrar oficialmente seus candidatos à Presidência do México. As campanhas se iniciarão um dia após o fechamento de tal período e terminarão no dia 27 de junho, três dias antes das eleições.
No dia 1 de julho será decidido quem regerá os destinos do país para o período 2012-2018. Os mexicanos aspiram que o novo Executivo os liberte (ou pelo menos diminua) da crescente pobreza que afeta mais de 52 milhões de pessoas.
Esperam que cheguem melhores notícias em matéria de economia familiar, pois nos últimos 12 meses o poder aquisitivo nos lares da nação continuou a se deteriorar, devido ao aumento de 8% no custo para a aquisição mensal de produtos de uma cesta básica.
Tal porcentagem é praticamente o dobro do aumento do salário mínimo geral vigente a partir de 1 de janeiro de 2012, que subiu só 4,2%.
Além disso, a população espera a resolução de um flagelo que dois ciclos de governos PAN não tiveram capacidade de solucionar: a violência gerada pelo crime organizado e seu combate, que só nos últimos seis anos provocou mais de 49 mil mortos.
Com Prensa Latina