Denúncia: EUA financiam parte da oposição russa
Segundo o informativo canadense Mondialisation, os EUA estariam por trás de parte da oposição russa. Em artigo de autoria de Jean-Marie Chauvier, em francês do último dia 3 de fevereiro – com reprodução parcial em português do blog do jornalista brasileiro Renato Pompeu –, os Estados Unidos ajudam, de diferentes modos, os oposicionistas na Rússia.
Publicado 08/02/2012 17:40
Alguns dirigentes oposicionistas estudaram nos EUA, como Alexei Navalnyi, "líder" das redes sociais russas. Os setores da oposição na Rússia apoiados pelo governo estadunidense criticam o projeto eurasiático de Vladimir Pútin, seu "antiamericanismo", seu apoio a "ditaduras" e regimes "autoritários" na Ásia Central, no Oriente Médio e na América Latina (com destaque para a Venezuela), seu apoio aos grupos da causa palestina, como Hamas e o Hezbolá, e suas preferências por uma aliança com os chineses.
Só o Departamento de Estado prometeu entregar aos oposicionistas cerca de US$ 9 milhões este ano, e há ainda o apoio financeiro de fundações privadas americanas multimilionárias, como o National Endowment for Democracy.
O artigo assinala que dois dos motivos desse apoio, além das razões alardeadas pelos oposicionistas, citadas acima, são o veto que Pútin impôs à entrada de capitais americanos na indústria petrolífera russa, e sua campanha por uma aliança militar eurasiática que se contraponha à Otan.
A situação pode agravar mais ainda já que na semana passada a Rússia, ao lado da China, vetou no Conselho de Segurança da ONU um conjunto de resoluções, proposto pelo EUA e por outras potências ocidentais, que tinha objetivo de acelerar uma transição política na Síria.
Um dos principais adversários de Vladímir Pútin para as eleições presidenciais de 4 de março, Guenadi Ziuganov, candidato pelo Partido Comunista da Federação Russa (PCFR), já tinha alertado para que os nacionalistas e comunistas russos tomassem cuidado em relação a estas questões.
Para o PCFR a oposição deve ser feita contra o bloco que esta no poder liderado por Pútin, no entanto, é necessário cuidado para não fazer o jogo dos inimigos externos e dos seus representantes internos. A luta também tem que ser travada diante das forças estrangeiras que atuam contra a soberania russa e os interesses nacionais dos russos. A chamada revolução "coloridas", patrocinada por grupos internacionais, para Ziuganov seria uma coisa a ser combatida e evitada na Rússia.
Fonte: Diário Liberdade