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Organizações preparam Encontro Internacional em Bajo Aguan

Com vistas à situação de violação aos Direitos Humanos que persiste em Honduras, em especial na região de Bajo Aguán, departamento de Colón, organizações locais e seus parceiros estão preparando o Encontro Internacional de Direitos Humanos em Solidariedade com Honduras, que será realizado de 17 a 20 de fevereiro em Aguán.

Os objetivos principais deste evento são reunir pessoas solidárias com a situação do país para mostrar que o golpe perpetrado contra Honduras durante o governo de Manuel Zelaya, em 29 de junho de 2009, não chegou ao fim e continua fazendo vítimas. Por ser um evento que contará com cooperação internacional, também será uma oportunidade para fortalecer os vínculos solidários com povos do mundo.

Por estar enfrentando uma situação particularmente mais grave do que outras regiões de Honduras, os conflitos entre grandes proprietários de terra e camponeses/as do Bajo Aguán terá amplo espaço de debate e busca de soluções. As organizações também pretendem abordar o vínculo entre a militarização, a luta por terra e a violação de direitos humanos na região.

"(…) estamos unindo esforços para que uma vez mais entre hondurenhos e hondurenhas nos juntemos a repensar essas construções coletivas pela justiça, a dignidade, a vida, onde possamos contar com a solidariedade internacional que nos encha de alento, ternura e nos fortaleça para enfrentar a sistemática violação de direitos humanos, a militarização e o despojo”, esclarece a convocatória para o Encontro.

Antes e depois do Encontro Internacional de Direitos Humanos serão organizadas Brigadas Nacionais e Internacionais de Solidariedade nas comunidades em que a situação de violação de direitos é mais alarmante. A intenção é que estes grupos realizem tarefas de prevenção e proteção nos assentamentos de organizações campesinas que estão convivendo rotineiramente com a repressão e o extermínio.

"Estas Brigadas de Solidariedade se estabelecem a partir da convicção de que a criatividade, o afeto ativo e a coletividade vital, têm a potência de desmontar a cultura da violência que sustenta a lógica militar”, esclarecem.

Fonte: Cebrapaz