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Marcha contra o racismo acontece neste sábado em S. Paulo

Acontece neste sábado (11), a partir das 14h, uma marcha contra o racismo, promovida pelo Núcleo de Consciência Negra, localizado no interior da Universidade de São Paulo (USP). A concentração será no Largo Santa Cecília, região central de São Paulo (SP).

Entidades do movimento negro foram convidadas a integrar a marcha, como a União de Negros pela Igualdade (Unegro). Centenas de pessoas são esperadas.

“Diversos acontecimentos recentes nos motivam a ir às ruas e contestar as situações discriminatórias que muitos têm sofrido no país. Na USP, estamos sendo ameaçados pela instituição, que quer fechar o Núcleo e terminar com as atividades, sem nenhuma base legal. Também um aluno negro foi agredido por um PM”, explicou Leandro Salvatico, coordenador do Núcleo de Consciência.

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Leandro contou que foi aberto um processo administrativo interno pela instituição para retirar o Núcleo do local. ‘Eles (Reitoria) disseram que podemos ir para outro local dentro da universidade mas até agora não apresentaram uma opção”, disse o coordenador do Núcleo.

A Reitoria foi procurada, mas não retornou. O Núcleo de Consciência Negra na USP é uma entidade sem fins lucrativos localizada há 24 anos no campus Butantã da USP e historicamente luta pela implementação de Cotas Sócio-Raciais como meio de reparação histórica ao povo negro brasileiro. Nossa missão completa 25 anos em 2012. Atualmente, mantém a Biblioteca Carolina Maria de Jesus, um Cursinho Popular Pré-Vestibular, um Centro de Estudo de Idiomas e organiza oficinas de Teatro e de Comunicação, além de atividades culturais, seminários e palestras sobre a história, as demandas sociais e a cultura afrobrasileira.

Outro fato lembrado pelo militante foi o preconceito sofrido pela estagiária Ester Elisa da Silva Cesário, do Colégio Internacional Anhembi Morumbi, que registrou boletim de ocorrência (BO), em 24 de novembro do ano passado, por ter sido forçada por superiores a alisar o cabelo para manter “boa aparência”. A diretora do colégio, que nega o preconceito, teria prometido comprar camisas mais cumpridas para a funcionária esconder seus quadris.

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da redação